segunda-feira, 15 de junho de 2015

Trem De Três Rios

Território onde se encontra o atual Município de Três Rios era primitivamente denominado Paraíba Nova.
Sabe-se que em 1597, Martim Corrêa de Sá, filho de Salvador de Sá, passou pela região, utilizando o itinerário marítimo-terrestre, via Parati, para alcançar as "Minas Novas" ou "Minas Gerais", o que em parte, presume-se, contribuiu para seu desbravamento.
Foi entretanto nos primeiros decênios do Século XVIII, segundo crônica da época, que Pedro Dias Paes Leme, continuando a obra de seu pai, Garcia Paes Leme, fez construir, dedicada à Nossa Senhora do Monte Serrat, uma capela em terras do atual Distrito de Afonso Arinos. Mais tarde, ali se instalaria o destacamento efetivo do "Registro", com a missão de impedir o contrabando de ouro e diamante e de arrecadar os direitos reais da "Passagem".
Enquanto essa região era colonizada, outra surgia em consequência da fundação, pelo legendário capitão Tira-Morros, José Antônio Barbosa, de uma fazenda, a que deu o nome de Bemposta.
Em decorrência de sua posição no itinerário da "Estrada Real", que ligava o Rio a Minas, novo núcleo populacional ali se formou. Uma capela foi erguida, tendo São Sebastião de Entre Rios como Padroeiro.
Até antes de 1858, o território do atual Distrito constituía apenas uma colônia dependente da Fazenda de Cantagalo, de propriedade de Antônio Barroso Pereira, 1.º Barão de Entre Rios.
Por essa época, seguindo com a estrada de rodagem Petrópolis-Juiz de Fora, Mariano Procópio adquiriu, do referido barão, 81.840 braças quadradas de terras, construindo a grande e suntuosa Estação de Entre Rios, que mais tarde acolheu a comitiva imperial, quando da inauguração, em 18 de março de 1858, do trecho nas terras do Município, da famosa União e Indústria. 
Foi a partir da instalação dessa parada, com os melhoramentos introduzidos pela companhia concessionária da rodovia e com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II, em 1867, que Entre Rios passou a desenvolver-se com o surgimento de ricas fazendas onde o elemento negro escravizado fazia a fortuna de seus proprietários.
A primeira linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889 passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais, atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruida foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste Brasileiro que levava o trem até Salvador.
Apesar de todo o progresso observado na localidade de Entre Rios, apenas em 1890 foi esta elevada à categoria de Distrito, quando Bemposta (com o nome de Nossa Senhora da Conceição Bemposta) e Nossa Senhora de Monte Serrat (atual Afonso Arinos), receberam em 1855 e 1884, respectivamente, predicativos de paróquias ou freguesias e, portanto, de Distritos. 
As condições de desenvolvimento propiciaram a emancipação, que ocorreu em 1938, recebendo o Município a denominação de Entre Rios, modificado em 1943 para Três Rios. 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Trem De Paraíba Do Sul

Denominada primitivamente de "Paraíba Nova", a região hoje ocupada pelo Município de Paraíba do Sul era originariamente habitada pelos índios Coroados e Barrigudos, que viviam às margens dos rios Paraíba e Paraibuna. 
Das crônicas referentes a essa época, consta que um dos desbravadores de suas terras foi Garcia Rodrigues Paes Leme, filho de Fernão Dias Paes Leme, que viera abrindo o "Caminho Novo", concluído em 1725 pelo sesmaria Bernado Soares Proença, desde as Minas Gerais até às margens do Paraíba, buscando atingir a Cidade do Rio de Janeiro e que ali resolveu fixar residência provisoriamente, até que se provesse de abastecimento e novos recursos para poder prosseguir viagem. 
Segundo a tradição, o bandeirante teria lançado em 1683 as bases de uma fazenda, onde edificou uma capela dedicada ao culto de Nossa Senhora da Conceição e aos apóstolos São Pedro e São Paulo. 
A localidade, nos primeiros tempos, foi conhecida como "Meio da Jornada" não só devido a interrupção aí feita pelo bandeirante como também por estar a meio caminho entre a província das Minas Gerais e o atual Estado do Rio de Janeiro. 
Arruinando-se a primitiva capela, Pero Dias Paes Leme, Filho de Garcia Rodrigues, fez edificar outra, a pequena distância da margem esquerda do Rio Paraíba, sendo para ali transferida em 1745, a sede do curato, elevada à categoria de freguesia perpétua em 1756. 
Em 1833, a localidade foi elevada à categoria de Vila, com a denominação de Paraíba do Sul, tendo trinta e oito anos depois adquirido foros de Cidade. 
A 1ª Estação Ferroviária de Paraiba do Sul ,foi inaugurada em 1867, pelo Imperador do Brasil D.Pedro II, e posteriormente demolida provavelmente , pode ter sido pelos republicanos.
Em 1898 construi-se a atual, projeto e execução do Engenheiro Paulo de Frontin para servir a sua ferrovia Melhoramentos do Brasil, no período de 1898 atá 1903, quando então foi incorporada pela Estrada de Ferro Central do Brasil e passou a se chamar Linha Auxiliar.

Trem De Paty Do Alferes

As primeiras notícias que se tem sobre Paty do Alferes são do século XVII. Entre 1700 e 1725, o sertanista Garcia Rodrigues Paes Leme, a caminho de Minas Gerais chegou a um local conhecido como "Roça do Alferes" de propriedade do Alferes Leonardo Cardoso da Silva, em cujas terras havia uma grande plantação de uma palmeira conhecida pelo nome de patis. A cidade teve outro nome posteriormente Freguesia de N.S. da Conceição do Alferes, denominação da capela de propriedade de um outro alferes onde foi rezada a primeira missa em 26 de Abril de 1739, porém só em 4 de Setembro de 1820 foi fundada a Vila de Paty do Alferes pelo Rei de Portugal D. João VI.
Já em 1739 haviam fazendas na região tais como a Fazenda Pau Grande, Fazenda Manga Larga, Fazenda do Governo e a Fazenda da Freguesia onde hoje se situa a Aldeia de Arcozelo. Estas fertilíssimas terras, banhadas pelo Ribeirão de Ubá e Rio do Saco, primeiro acolheram o plantio da cana-de-açúcar. Um século depois, neste mesmo solo, o café viria brotar como ouro, fazendo nascer também uma aristocracia rural formada por nobres intimamente ligados à Corte como o Visconde de Ubá, o Barão de Capivary, o Barão de Guaribú, dentre muitos outros. Durante o período das grande plantações de café e de açúcar a cidade conservou a sede das grande fazendas com sua opulência e grandiosidade.
Apesar da pompa com que foi fundada, Paty do Alferes, continuou crescendo apenas dentro dos limites das grandes fazendas e não houve interesse pelo desenvolvimento urbano. Quando a sede foi transferida, em 1833, para a Vila de Vassouras, a nobreza rural patyense permaneceu atuando ativamente na política.
Foi em Paty do Alferes, que se desenrolou um dos mais importantes levantes de negros do Estado do Rio de Janeiro. Trata-se de Manoel Congo, que entrou para a história como o líder que em 1838 fez tremer os sólidos alicerces do regime escravocrata fluminense nas terras do café. 
Em terras patyenses, no ano de 1870, nasceu o imortal Joaquim Osório Duque Estrada, autor da letra do nosso Hino Nacional. Anualmente é realizada na cidade a Festa do Tomate, um dos grandes acontecimentos do interior do Estado do Rio de Janeiro.
Paty do Alferes, um dos berços da ocupação do interior do Estado, é citada em antigos e importantes relatos dos grandes estudiosos de história do Brasil.
A estação de Paty do Alferes foi inaugurada em 1898 pela E. F. Melhoramentos.
Durante século e meio, permaneceu como simples distrito de Vassouras até 15 de dezembro de 1987, quando, tarvés da lei 1254, readquiriu a autonomia, sendo o município instalado em 01 de janeiro de 1989.

Trem De Miguel Pereira

A história do atual Município de Miguel Pereira está vinculada à de toda a região de Vassouras, da qual foi desmembrado. Naquela região, no "Caminho Novo do Tinguá", nas proximidades da margem direita do rio Paraíba do Sul, se erigiu a vila, mais tarde Cidade de Vassouras e, em bifurcação, se atingia a roça do Alferes, onde se desmembraria a do Pati, que seria a primitiva sede municipal Pati do Alferes. 
No Arquivo Público Nacional há referências de várias sesmarias concedidas na região, entre as quais a de Marcos da Costa da Fonseca Castelo Branco, antigo almoxarife da Fazenda Real do Rio de Janeiro, em 1708, e a Roça do Alferes. Esse roteiro, que partia do Rio de Janeiro, ganhava, depois de transposta a serra, a roça de Marcos da Costa, Roça do Alferes, confirmando, assim, a penetração através do território do atual Município, pois a sesmaria de Marcos da Costa se localizava nas proximidades das cabeceiras do rio Sant'Ana. 
Essa região alcançou grande prosperidade, graças ao braço escravo empregado na sua lavoura, e sentiu os efeitos da abolição da escravatura, que, de resto, deixou em quase todos os Municípios fluminenses um marco de decadência, provocado pela falta de braços para os trabalhos do campo.
Por volta de 1878 já se cogitava da construção de uma estrada de ferro, que partindo de Belém (atual Japeri), fosse terminar em Pati do Alferes. Em 15 de março de 1882 o Governo Federal assinava contrato com os engenheiros Luiz Rafael Vieira Souto e Henrique Eduardo Hargreves, determinando a passagem ferroviária pelos vales do rio Sant'Ana e ribeirão de Ubá. 
O primitivo nome da localidade era Barreiros originado de uma área da fazenda São Francisco, de propriedade de Antônio Francisco Apolinário, em 1872. Por ali passavam, na época, tropas de burros, que ficavam atolados, em virtude da grande quantidade de barro existente no local. Depois que se construiu a Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil, por volta de 1898, vencida já a serra, a localidade passou a chamar-se Fazenda da Estiva. Em 1918 seu topônimo foi mudado para Professor Miguel Pereira, ilustre figura da medicina brasileira que, com a saúde abalada, ali residiu durante vários anos. 
O povoado de Governador Portela, distrito de Miguel Pereira, recebeu esse nome em homenagem ao Dr. Francisco Portela, primeiro Governador do Estado.
O Município de Miguel Pereira, recebeu esse nome em homenagem ao médico e professor Miguel da Silva Pereira que difundiu as qualidades do clima do local.

Trem De Japerí

Japeri emancipou-se na década de 1980 do Município de Nova Iguaçu. Durante o seu processo de formação sempre esteve sob influência direta da cidade do Rio de Janeiro e de outros municípios da Região Metropolitana, da qual faz parte. A palavra Japeri é de origem indígena e denominava uma planta semelhante ao junco, que flutuava nos pântanos da região, a qual os índios chamavam yaperi. Esta denominação substituiu o nome de Belém, dado à localidade pelos bandeirantes paulistas responsáveis por sua ocupação, que permaneceram em seu território por quase dois séculos. Contudo, não existiam tribos indígenas assentadas em Belém, quando se deu sua fundação.
A história de Japeri tem início em 1743, quando de sua fundação, como Morgado de Belém. Posteriormente, o Marquês de São João Marcos deu à localidade grande desenvolvimento. Além de incentivar a lavoura, montou vários engenhos de açúcar, construiu inúmeras casas, erigiu a Igreja do Menino de Deus de Belém, inaugurou a primeira escola e, em 1872, criou um teatro. Ainda por influência do marquês, foi construída a Estrada de Ferro D. Pedro II, cuja estação foi inaugurada em 8 de dezembro de 1858.