Por consequência da descoberta do ouro em Minas Gerais, foi aberto o chamado Caminho Novo que passava por Petrópolis, local que até o século XVIII era habitado somente por índios denominados de "Índios Coroados" pelos portugueses.
A partir deste momento o Sertão Dos Índios Coroados (posteriormente Petrópolis) começou a ser habitada por imigrantes, principalmente portugueses e alemães.
Em 1822, o imperador brasileiro D. Pedro I, a caminho de Minas Gerais pelo Caminho do Ouro, quando hospedou-se na fazenda do padre Correia e ficou encantado com a região.
Seu filho, D. Pedro II, em 1843, assinou um decreto pelo qual determinava o assentamento de uma povoação e a construção do sonhado palácio de verão, que ficou pronto em 1847.
A partir deste momento o Sertão Dos Índios Coroados (posteriormente Petrópolis) começou a ser habitada por imigrantes, principalmente portugueses e alemães.
Em 1822, o imperador brasileiro D. Pedro I, a caminho de Minas Gerais pelo Caminho do Ouro, quando hospedou-se na fazenda do padre Correia e ficou encantado com a região.
Seu filho, D. Pedro II, em 1843, assinou um decreto pelo qual determinava o assentamento de uma povoação e a construção do sonhado palácio de verão, que ficou pronto em 1847.
A partir de então, durante o verão, a cidade tornava-se a capital do Império do Brasil, com a mudança de toda a corte. Independentemente da época do ano, era em Petrópolis que moravam os representantes diplomáticos estrangeiros na maior parte do período imperial.
O primeiro método de transporte a ser usado para transporte em massa além das tradicionais carruagens foram "carros de tração animal" com rodas de madeira. Em 1885 doze destes veículos de segunda mão foram transferido do Rio de Janeiro para Petrópolis.
Uma construção no centro da cidade era o ponto de chegada e partida para carros de tração animal, bondes e posteriormente para os trens.
O sistema de bondes chegou a Petrópolis em 1895, trazido pelo empresário Franklin Sampaio, a pedido do Presidente da Câmara Municipal Dr. Hermogênio Silva.
Em 1910 a Companhia Brasileira de Energia Elétrica assinou contrato com a Câmara Municipal para a exploração do bonde elétrico, substituindo a tração animal e implementando os trilhos.
Em 1911 foi dado início a construção da primeira parte da linha; O trecho em bitola métrica da CBEE foi inaugurado em 13 de dezembro de 1912 com uma rota que ligava o centro da cidade até o distrito de Cascatinha.
Os bondes tipo "janela fechada" fabricados pela JG Brill Company em Philadelphia EUA tinha assentos estofados com palha e eram fechados (como os vagões de passageiros).
Em dezembro do ano seguinte mais bondes foram encomendados formando uma frota de 12 bondes elétricos. Em épocas de veraneio, eram colocados em circulação bondes abertos como os usados no Rio De Janeiro.
No início de 1913 os bondes já chegavam até a região Alto da Serra, e ao longo do mesmo ano foram inaugurados outros ramais.
Um benefício dos bondes era poder trafegar em ambos sentidos sem precisar de manobradores como os trens, mas esse fluxo acabava criando conflito com as estreitas ruas de Petrópolis.
Dois funcionários conduziam o bonde: o motorneiro e o condutor, cabendo ao condutor a cobrança das passagens e a fiscalização geral enquanto circulava.
Em 1917 a CBEE começou a colocar as plataformas para seus carros de passageiros facilitando o embarque e o desembarque dos passageiros. Aos poucos as linhas começaram a ser duplicadas, atendendo em ambos os lados das ruas e avenidas.
O ponto terminal dos bondes era na Estação Ferroviária da Leopoldina Railway, Rua Dr. Porciúncula, enquanto prédio primitivo que vinha do século passado. Quando a Leopoldina demoliu a construção e edificou novas instalações o terminal dos bondes foi deslocado para a Avenida 15 de Novembro (hoje Rua dos Imperador).
Em 1927 a CBEE foi absorvida por empresas elétricas brasileiras, um grupo brasileiro controlado pelo conglomerado americano Electric Bond & Share divisão da American & Foreign Power.
Com o aparecimento dos automóveis e, na sequência, dos coletivos urbanos, o bonde passou por uma fase de descuido da concessionária, piorando os serviços e desprezado qualquer investimento de melhoria, a partir do ano de 1936.
À meia noite de 15 de julho de 1939 o bonde nº 3, da linha do Alto da Serra, humoristicamente decorado pelos petropolitanos fez a última viagem dos bondes elétricos de Petrópolis, deixando a cidade sem transportes públicos eficientes.
O congestionamento do tráfego foi agravado pelo sistema de bondes, cujos veículos muitas vezes acabavam em ambas as direções em uma única faixa no centro da rua principal.
Esta foi a primeira cidade brasileira a ficar sem bondes; Aqueles veículos foram vendidos para o sistema de bondes da cidade de Campos, onde operaram até 1964.
A construção de um sistema de trólebus (ônibus elétricos) em Petrópolis começou em 1952, mas o projeto foi abandonado e os veículos, que tinham sido construídos na França pela empresa Vetra, foram remanejados para Niterói.
E a ferrovia para ligar a Baía de Guanabara até Petrópolis foi encerrada em 5 de novembro de 1964.
Esta foi a primeira cidade brasileira a ficar sem bondes; Aqueles veículos foram vendidos para o sistema de bondes da cidade de Campos, onde operaram até 1964.
A construção de um sistema de trólebus (ônibus elétricos) em Petrópolis começou em 1952, mas o projeto foi abandonado e os veículos, que tinham sido construídos na França pela empresa Vetra, foram remanejados para Niterói.
E a ferrovia para ligar a Baía de Guanabara até Petrópolis foi encerrada em 5 de novembro de 1964.
A desativação dos bondes em Petrópolis e nas cidades Brasileiras, demonstram a falta de visão, mediocridade e fraqueza do povo brasileiro que luta e contesta e apenas aceita como cordeiros a situação....Lamentável.
ResponderExcluirSim, os bondes foram precursores dos VLTs que hoje são tão importantes para as grandes cidades como Petrópolis por exemplo.
ExcluirBoa noite, sou estudante de arquitetura e urbanismo na Universidade católica de Petrópolis e o tive acesso ao seu texto ano passado enquanto pesquisava para um trabalho. O texto é muito bem escrito e transmite o carinho que você tem pelo assunto, por conta dele decidi levar o trabalho a diante e agora estrou escrevendo o meu TCC sobre o assunto, é um projeto de Mobilidade para a cidade de Petrópolis com a possibilidade de um novo sistema ferroviário. Muito obrigado! (Obs: Se importaria em me dizer as fontes oficiais que vc acessou?)
ResponderExcluirObrigado por visitar o Blog, fico muito feliz em despertar o interesse sobre o assunto através das minhas postagens. Todo conteúdo postado aqui é de minha autoria, oriundo do meu conhecimento sobre os temas, mas como referência recomendo que acesse esse link https://www.novomilenio.inf.br/santos/bonden00.htm onde o autor se aprofunda mais sobre o tema citado nessa minha postagem.
ExcluirMuito bom o post. Apenas uma correção - a penúltima foto é em Porto Alegre, na Avenida Independência, em 1966. Aparece um bonde e um ônibus da Cia Carris.
ResponderExcluirObrigado por visitar o Blog, irei corrigir a imagem mencionada
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