segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O Trem Na Terra Dos Barões


A descoberta do território onde hoje está localizado o Município de Vassouras foi efetuada através de dois caminhos, o que se estende das margens do Paraibuna e do Paraíba subindo até a serra da Viúva e a região da Sacra Família do Caminho Novo do Tinguá, cujo extremo, próximo da margem direita do Paraíba, surgiu a Vila, depois Cidade de Vassouras.


 

Após a abertura do Caminho Novo das Minas, prosseguiu-se a construção do caminho que ligaria Minas Gerais com a Cidade do Rio de Janeiro, por volta de 1700 e 1725.

Foram concedidas sesmarias a Marcos da Costa Fonseca Castelo Branco e Antônio Vaz Gago, respectivamente, em 1708 e em 1709.



 

A "Roça do Alferes", que pertenceu ao português Leonardo Cardoso da Silva, confinava com outras suas terras dos "Patis". A ele sucederam José Francisco Xavier e Antônio Luís Machado; nas terras deste se erigiria a sede da Vila de Pati do Alferes, criada por Alvará de 4 de setembro de 1820. No outro ponto da região que seria denominada Sacra Família do Caminho Novo do Tinguá começaram, também, a estabelecer-se situações agrícolas ao sul da Roça do Alferes.

Contribuiu, também, para o devassamento do território o elemento negro, não propriamente como descobridor ou explorador, mas como trabalhador rural utilizado pelos sesmeiros nos serviços da lavoura (a população escrava da região, ao tempo em que Vassouras possuía uma das maiores lavouras de café, chegou a atingir 20.000 pessoas).


Outro importante aspecto ligado à expansão cafeeira no país diz respeito ao aumento do número de escravos, especialmente na Província do Rio de Janeiro. Em 1840 a população escrava fluminense chegava a mais de 220 mil negros, sendo que em 1819 era de 145 mil.

 
Desde o início da década de 1820 com a iniciação da plantação de café em Vassouras a mão de obra utilizada era a escrava. Ela foi uma das principais bases para o apogeu da cidade pelo café.

Com o esgotamento do ouro em Minas Gerais, mineiros migraram em massa para a região então de matas virgens e ocupada por tribos nômades de índios Coroados. Findado o trabalho de aldeamento de tais silvícolas, a região fora considerada segura para ser colonizada a partir de plantações; Nos primeiros núcleos populacionais estabeleceram-se "roças de mantimentos" e plantações de cana de açúcar, que precederam a cultura do café e a criação de porcos para o preparo de carnes salgadas, transportadas pelo Caminho Novo para as freguesias do Pilar e de Iguaçu.

Aldeados os índios coroados que habitavam o sertão entre os rios Paraíba e Preto, na aldeia de N. S. da Glória (Valença), aos poucos interagiam com ocupantes das terras mineiras situadas na margem esquerda do rio Preto, começaram os tropeiros a transitar pelo mesmo sertão para a margem esquerda do Paraíba, alcançando o local que, ao tempo da construção da via férrea D. Pedro II, se denominava Desengano.

 Destacada foi por muito tempo a posição de Vassouras como núcleo da aristocracia rural fluminense. "Pau Grande" e "Rocinha" foram as maiores propriedades agrícolas do Município, tornando-se famosas pelo volume da produção cafeeira.

Esses fazendeiros eram novos colonos e seus descendentes que, com a vinda da família real para o Brasil, tinham se instalado nas proximidades da Corte, onde ganharam sesmarias de D. João. Daí iniciaram um movimento de interiorização da colonização rumo às terras férteis da região de "Serra acima" (Vale do Paraíba), estabelecendo o cultivo de diversos produtos agrícolas, entre eles o café, com mudas doadas pelo próprio regente.

Com o passar do tempo abandonaram as demais culturas, passando a investir na plantação de café, tendo em vista as grandes possibilidades de lucro que ele oferecia. São esses homens conhecidos como "barões do café".

Durante a década de 1850, a cidade, em seu apogeu, possuía o título de "maior produtora de café do mundo", reconhecida como a "Princesinha do café", conquista que estimulou a construção de uma ferrovia para escoar o café e possibilitar melhor deslocamento de investidores entre a serra e a capital Rio De Janeiro.


Tornou-se Vassouras, neste período, a maior cidade com fazendeiros nobres, ficou conhecida como "Cidade dos Barões": ali viviam 25 barões, 7 viscondes, 1 viscondessa, 1 condessa, 2 marqueses, considerados titulares vassourenses, entre outros.


 

O Ramal de Jacutinga teve origem na E. F. União Valenciana, aberta em 1871 e que ligava Valença a Desengano (Juparanã). Em 1880, este ramal foi prolongado até Rio Preto.

A falta de braços para a lavoura de café, decorrente da abolição da escravatura, em 1888, ocasionou o abandono das terras. O café, fator preponderante do progresso de Vassouras, teve sua cultura abandonada, estando atualmente quase eliminada.

A cidade de Vassouras após o fim de seu apogeu pelo café no século XIX entrou em declínio economicamente. 


Em 1958 com o fim da "era dos barões", os cafezais ainda conviviam com vacas leiteiras, entre Amparo e Vassouras, no Rio, Santa Rita do Jacutinga e Rio Preto, em Minas. 

Quedas d´água tocavam pequenas turbinas e a energia excedente na usina de Bom Retiro ia, por um fio sobre a mansidão do rio, até a fazenda de Sinhá. Nessa região praticamente isolada a única forma de comunicação era através do telégrafo na estação de trem, que vinha do Rio por Valença. 

Com a desativação de partes do ramal ferroviário, não havia mais transporte, e logo o cafezal virou lenha e as vacas, bife. O desmatamento inclusive do café, minguou os córregos e as usinas perderam sua fonte primordial. 

Em Bom Retiro o pouco que se fornecia para a fábrica acabou. Isolados sem energia, caminhos e transportes, logo perdeu-se também o contato via telégrafo.

domingo, 30 de agosto de 2015

Trens Que Operaram No Ramal Da Linha Auxiliar


Após a inauguração das estações na Linha Auxiliar e mais todo trecho ferroviário que conectava Japeri RJ diretamente à cidade de Além Paraíba MG, em 1898, iniciaram as viagens regulares de trens de passageiros e de cargas por toda a região serrana. 


No auge do sucesso da ferrovia, eram muitos os carros de passageiros que trafegavam neste ramal.


 Por volta de 1930 os trens de passageiros tornaram-se "trens mistos" para atender as carências de transporte que só eram realizadas através de um único ramal. O progresso regional impulsionou grandes investimentos, um dos mais necessários foi a expansão da plataforma da estação de Paty Do Alferes e a duplicação da cobertura de toda a construção.
Entre as décadas de 1940 e 1950 os trens mistos foram divididos, e portanto haviam comboios distintos: uns para passageiros e outros para cargas. 

Em meados de 1950, havia um trem que fazia um percurso menor ligando Governador Portela até Avelar com 2 trens diários tracionados por uma locomotiva a vapor.

Algum tempo depois por motivos técnicos a composição que operava como transporte de passageiros entre Avelar e Governador Portela passou a ser tracionada por uma locomotiva diesel elétrica, que era mais eficiente e adequada as necessidades dos usuários.  
 
 Avelar (Paty Do Alferes)

Paty Do Alferes

Miguel Pereira

Governador Portela (Miguel Pereira)

Trem Na Serra


A estação de Paty Do Alferes reunia a maior feira da região, sua plataforma contava com um desdobramento da linha no outro lado da estação para descarregar vagões de carga, geralmente grãos, verduras, ração, cachaça e até mesmo animais como bezerros, porcos e aves em geral.

 
O trem era intermediário entre o centro da cidade e os bairros mais afastados, devido a isso a linha foi construída próxima a grandes propriedades, facilitando o transporte de mercadorias de maneira mais eficiente.


 Parte da linha original na baixada fluminense passou a transportar apenas trens de subúrbio, e parte foi abandonada ou transformada em linha de cargueiros.


Na década de 60 o percurso do trem de passageiros passou a ser feito em duas etapas: havia um trem que fazia o trajeto entre Avelar e Governador Portela, a partir daí uma auto motriz foi utilizada para operar entre Governador Portela e o pé da serra em Conrado. 
 

 Em decorrência da falta de manutenção, o comboio foi dispensado ficando estacionado no pátio das oficinas de Governador Portela que abrigava grande parte das composições em espera. 

A famosa "Maria Fumaça" sempre fez muito sucesso, e sempre esteve presente na história ferroviária da  serra do Rio De Janeiro, ela se foi mas deixou saudades...


Com a decadência da Rede Ferroviária Federal, todas as locomotivas a vapor que rodavam na linha auxiliar acabaram sendo transferidas para outros estados e encaminhadas para outros serviços.

Em 1963, com a desativação da linha de Petrópolis, a Leopoldina ficou com a Auxiliar e era por ela que seus trens subiam a serra em bitola métrica, para atingir Porto Novo e toda malha mineira. 
  
No início da década de 70 haviam trens cargueiros que transportavam minério utilizando este ramal, os vagões vazios ficavam principalmente em Governador Portela para manutenção ou em Avelar para triagem aguardando o próximo comboio.

O que manteve a atividade neste ramal por mais algum tempo foi essa utilização dos trens cargueiros. 
 


Ainda houve certo investimento para manter alguns trens operantes em parte da da serra e entre 1980 e 1990, mas não se obteve êxito. 




Por serem feitos de madeira os carros de passageiros (vagões) foram sendo dispensados aos poucos de longos percursos pois para a época começaram a serem considerados obsoletos.


Mas alguns dos vagões de madeira foram utilizados para formar o "Trem Da Serra", a primeira tentativa de trem turístico na região.


O Trem Da Serra parou de rodar mesmo neste pequeno percurso, e assim os vagões foram tirados de circulação.



Alguns anos depois os mesmos vagões sofreram alterações e formaram um novo trem turístico: o Trem Azul, que na realidade eram os mesmos vagões de madeira só que personalizados de acordo com este novo projeto.



Após a extinção dos trens de rodagem na Linha Auxiliar houveram algumas tentativas de reativar parte do ramal com duas implantações de trens turísticos, entretanto em 1995 o ramal foi definitivamente desativado. 



 Devido a extinção do ramal da Linha Auxiliar, todo material rodante foi tirado de circulação, exceto um Auto de Linha e um pequeno manobrador; Estes pequenos veículos patrulhavam a linha contra furtos, mas sem as devidas manutenções, trechos foram interditados e pouco a pouco o trem se calou... 


 
A pequena manobreira e o auto de linha foram preservados e resistiram ao tempo nesses 20 anos graças a dedicação de antigos ferroviários e membros da AFPF (associação fluminense de preservação ferroviária).



Lamentavelmente esses veículos "sobreviventes" foram vandalizados, incendiados, e por muito pouco quase destruídos; Mas apesar de tanta crueldade e covardia com parte da história ferroviária da Linha Auxiliar, os prejuízos puderam ser revertidos, e atualmente o material rodante que pertence a A.F.P.F está funcionando no trecho onde ainda há bitola métrica desde a estação de Miguel Pereira, até o "pontilhão" em Paty do Alferes.

 

sábado, 29 de agosto de 2015

O Progresso Ferroviário Na Serra

O Vale do Paraíba e seu desenvolvimento


Durante o século XIX a ferrovia foi considerada símbolo do progresso, não só porque encurtava as distâncias e transportava rapidamente mercadorias destinadas ao mercado externo, mas também porque trazia as últimas novidades europeias.

As estradas de ferro significavam a inserção plena do Império na expansão do capitalismo, possibilitando a chegada de imigrantes para substituir o trabalho escravo.

O aprimoramento das ferrovias prometia desafogar o sistema de transporte de cargas, antes efetuado por escravos, liberando mão de obra para a lavoura cafeeira e possibilitando a expansão agrícola.


De 1880 a 1912 houve o crescimento do povoado de Barreiros, dando origem a Miguel Pereira localizado entre as vilas de Vassouras e Paty do Alferes.

Foi erguida uma capela em homenagem a Santo Antônio da Estiva em 13 de junho de 1897, data considerada oficialmente como surgimento da cidade de Miguel Pereira.
As ferrovias não impactaram apenas no aspecto econômico do transporte do café. a construção de ferrovias colocou a população em contato com as inovações técnicas desenvolvidas pelo capitalismo durante o século XIX. 

Novos estilos arquitetônicos foram utilizados principalmente na construção das estações, mudando em muitos casos as formas de construção anteriormente adotadas. As cidades em que estavam localizadas as estações foram transformadas, bem como algumas que foram construídas em função dessas ferrovias.

Depois de 29 de março de 1898, data de inauguração das estações da Linha Auxiliar na área serrana, estava completo o trecho ferroviário que conectava Japeri diretamente à cidade de Três Rios. A manutenção das vias de acesso à cidade era feita constantemente, tanto na linha férrea quanto nas curvas da serra.

Tudo mudou para melhor com os benefícios que a ferrovia proporcionou principalmente para Miguel Pereira, conduzindo ao desenvolvimento urbano, demográfico e arquitetônico da Estiva (nome que já substituía Barreiros) e Governador Portela, localidade esta sediando as oficinas de manutenção da ferrovia.

O município de Paty Do Alferes, surgiu com o nome de "Freguesia" pertencente a Vassouras. A região demorou para se emancipar mas sempre teve grande importância histórica. Paty do Alferes lucrou muito com o comércio no centro da cidade e principalmente no pequeno mercado agrícola junto a estação, que preservou as características típicas de uma cidade de interior

De 1900 a 1920 aconteceu a ligação ferroviária entre Governador Portela e Vassouras através de um segundo ramal da Linha Auxiliar (inaugurado em 1914). Incrementando o comércio na região. Nos arredores do pátio ferroviário em Governador Portela, foram construídas as primeiras casas que pertenciam aos funcionários da rede ferroviária.


Esse período se caracterizou ainda pela construção da Estrada de Ferro da Linha Auxiliar implantada entre 1882 e 1898.







Os carregamentos eram feitos na própria plataforma da estação, passando por uma triagem do que devia ser transportado pelo trem e pelo caminhão. Após ser remodelada, hoje a plataforma abriga a feirinha de artesanato que faz muito sucesso entre os turistas.


Já em Vassouras, com o crescimento econômico das plantações de café, a vila de se desenvolveu e foi elevada à categoria de cidade em 29 de setembro de 1857. 
 


Com o fim das lavouras de café por conta do solo esgotado das fazendas em Vassouras, pouco a pouco a ferrovia foi perdendo espaço, porém deixou como legado principalmente o desenvolvimento do centro da cidade. 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Estações Da Linha Auxiliar no trecho de Serra

A região serrana do estado do Rio De Janeiro sempre se destacou por ter uma magnífica paisagem, e foi nessa serra onde se desenvolveu o trecho mais importante da Linha Auxiliar. O "trecho de serra" permitia a ligação ferroviária em bitola métrica entre Japeri e Porto Novo Do Cunha - MG. 

A estação de Japeri (Belém) foi inaugurada em 1860, ponto terminal do segundo trecho inaugurado pela E. F. Dom Pedro II no km 61,749 da Linha Do Centro. A partir de 1898, passou a ser também estação da E. F. Melhoramentos Do Brasil, que vinha também do centro do Rio de Janeiro (da estação Alfredo Maia) e seguia para Porto Novo, através de uma linha construída na serra do Tinguá. Em 1903 essa linha foi incorporada a E.F. Central Do Brasil e passou a se chamar Linha Auxiliar. 


No km 67,724 da Linha Auxiliar, paralela a antiga estação de Belém, posteriormente chamada de Japeri foi construída uma segunda estação para atender a linha em bitola métrica, havendo no local duas estações com o mesmo nome porém atendendo diferentes ramais.

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Logo a frente, começando a subir a serra, no km 75,560 havia uma pequena construção, a Parada de Botais, onde hoje restam apenas ruínas.

  
No km 75,560 está localizada a Estação de Paes Leme, que ainda mantém preservada a aparência e os trilhos a sua volta.

  
Cruzando a RJ-2334 existiu a Parada de Mangueiras, que servia à fazenda chamada Sertão e ficava cerca de um quilômetro antes da estação de Conrado. Mangueiras foi demolida mas sua pequena plataforma de pedras ainda pode ser encontrada em meio a vegetação que lhe cerca.

  
No km 86,776 da RJ-1445 está a primeira grande estação da Serra, a Estação de Conrado; O local contava com uma boa estrutura que permitia que a locomotiva pudesse manobrar para voltar subindo a serra em direção a Miguel Pereira.


 A estação ou simplesmente parada de Santa Branca foi inaugurada em 1898. Por volta do ano de 2004 a construção que lá havia foi demolida e não sobraram vestígios sobre sua real localização. A Parada de Santa Branca ficava próxima a uma pequena ponte de ferro sobre um riacho na altura do km 88,220.


Entre a Parada de Santa Branca e a Estação de Arcádia está localizada outra grande obra da engenharia ferroviária, uma enorme ponte de ferro sobre o rio Santana.


No km 92,695 cortando a RJ-1307 ainda resiste ao tempo a Estação de Arcádia que foi inaugurada em 1898 nas terras da fazenda Bonfim. O nome original era o mesmo da fazenda, e só foi mudado para o atual em 1940.

  
No km 96,731 paralela a RJ-3799 ficava a antiga Estação de Engenheiro Adel inaugurada em 1828, a construção foi demolida restando neste lugar  parte da estrutura de ferro e uma casa pertencente a rede ferroviária que mantém quase apagada a inscrição "E.F.C.B, via permanente, 4ª turma".


 Seguindo um pouco a diante o caminho de vegetação fechada revela pouco a pouco as pedras do que um dia foi a plataforma de Monte Sinai, inaugurada em 1898.

  
O km 99,826 tornou-se uma estreita estrada de terra tendo como referência do passado apenas a base da parada de Monte Líbano. Ali havia também uma casa de turma da RFFSA, que tal como a parada, não existe mais.


  Em Monte Líbano ainda próximo a antiga parada há uma ponte de concreto que foi completamente tomada pela vegetação. 

  
Finalmente no km 102,424 cruzando a RJ-1307 está localizada a Estação de Vera Cruz aberta em 1898, em terras da fazenda da família Werneck (cuja sede ainda está em pé e bem conservada). Em 1991, ainda havia uma pequena fonte ao lado da estação, onde os ferroviários costumavam criar peixes. Trens ainda passavam e era possível tomá-los ali para subir e descer a serra. A estação permaneceu em funcionamento até a última viagem do antigo trem turístico. 


Para a tristeza de muitos no km 106,327 não há mais a estação de Francisco Fragoso, aberta em 1898, junto a linha. Tendo o nome de Conrado Niemeyer. Infelizmente foi demolida em 2000 e em seu lugar construída uma estação de tratamento de água. Não sobrou nada da estação. 


O maior pátio ferroviário da Linha Auxiliar funcionava entorno da Estação de Governador Portela localizada no km 111,730 aos 634 metros de altitude. Era nesta estação que saía a linha para o ramal de Jacutinga, que passava por Vassouras e chegava a Santa Rita do Jacutinga, já em Minas Gerais, onde se encontrava com a Rede Mineira de Viação, linha da Barra.


  Em Governador Portela existia a maior oficina mecânica de reparos, manutenção e pesquisa da Rede Ferroviária. Havia, ainda vários depósitos. Três deles armazenavam cimento, cal, açúcar e cerveja. Nos outros, legumes verduras e frutas.
Cada vagão tinha uma capacidade de carregar 30 toneladas. E um caminhão carregava 3 toneladas. Sendo assim, se um trem subia a serra com 20 vagões dando um total de 600 toneladas, para transportar a mesma quantidade em caminhões seria necessário uma caravana de 200 caminhões.


 Acima aparece o grande depósito de locomotivas no pátio de Governador Portela, por volta de 1930. Nessa região, a ferrovia sempre foi fundamental para o comércio e pequenas indústrias locais. As instalações das oficinas de Governador Portela foram demolidas no começo de 2002.

A estação de Barão de Javari foi aberta em 1898 pela E. F. Melhoramentos na altura do km 113,169. Seu nome homenageava o Barão, então diretor da Secretaria da Câmara dos Deputados do Estado, Jorge João Dodsworth. Barão de Javari é um distrito de Miguel Pereira mas era somente uma pequena parada. Contam que ali existiu um cemitério de escravos e que estava localizado bem próximo da parada, indo no sentido de Governador Portela, do lado esquerdo de quem chega em Javari. 


No cruzamento com o início da rua Maurício Silveira - Vila Selma, a cerca de 2 km do centro de Miguel Pereira, resiste ao tempo apenas a plataforma da Parada da Prefeitura Velha que curiosamente não possui qualquer referência além do nome popular e as ruínas cobertas pelo mato.


Localizada no km 116,214 paralela a RJ-0290 encontra-se a estação de Estiva, aberta em 1898 pela Melhoramentos Do Brasil; Pouco tempo mais tarde teve o nome alterado para "Estação Professor Miguel Pereira", o nome homenageia o Dr. Miguel Pereira, médico e professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro que difundiu os "bons ares" da região. No final dos anos 1990, com a malfadada privatização a estação, desprezada pela Prefeitura local, foi posta à venda e comprada por uma rede de supermercados, cuja primeira providência foi demolir as oficinas ferroviárias que havia ali. A Prefeitura então resolveu embargar a obra e comprar o terreno de volta, prometendo ocupar o imenso espaço vazio com algo que pudesse favorecer a comunidade. As oficinas agora só existem na memória e nas fotos do museu ferroviário de Portela.
Permanecem em pé apenas a velha estação e uma construção ao lado que servia como depósito e caixa d'água e depósito. 


Esquecida pelo tempo, a parada da Praça Da Ponte no Km 117,364 permaneceu soterrada por anos, não há registro sobre sua construção, mas de fato a plataforma ainda existe. As condições atuais não favorecem sua preservação, o mato tomou conta da maior parte.


No trecho do km 116,214 da RJ-1321 existiam duas paradas, Pedras Ruivas e um pouco mais a diante Monte Alegre. Por serem muito próximas são muitas vezes consideradas como uma única construção; Entretanto a parada de Pedras Ruivas está dentro dos limites de Miguel Pereira.


Logo a frente ficava a parada de Monte Alegre construída em 1928, mesma época que a parada de Pedras Ruivas. Esta parada foi construída dentro dos limites de Paty Do Alferes.


A Estação de Paty Do Alferes está no km 122,448 e cruza a RJ-1297. Apesar da construção estar de pé, poucos são os registros sobre a mesma, na década de 40 a Estação era muito usada para triagem de cargas agrícola regionais, até animais de pequeno porte. Muitas cargas eram negociadas ali mesmo na feira que hoje em dia e exclusiva para produtos artesanais.

  
 A estação de Arcozelo que fica próxima ao km 125,645 da RJ-1275 foi inaugurada em 1898 pela E. F. Melhoramentos. Seu nome é uma homenagem a Joaquim Teixeira de Castro, Visconde de Arcozelo, fundador da fazenda de Arcozelo, criadora de gado leiteiro nos anos 1920 e próxima à linha, do lado esquerdo de quem vinha do Rio de Janeiro.


 A parada de Macedo Silva foi inaugurada em 1956 no km 128,780 entre as pontes do Sumidouro e Coelho, medindo cerca de 5 metros cada, a beira da linha do extinto ramal Alfredo Maia X Três Rios. Hoje não há qualquer sinal de sua existência nem mesmo ruínas, apenas trilhos cobertos de terra. 


Enquanto este pequeno veículo auto de ferrovia circulou por este trecho mesmo após a extinção do ramal, a linha foi mantida e conservada na medida do possível por ex-ferroviários.

 Em Bueno De Andrade, no km 131,340 pouco se sabe sobre a construção ali erguida por volta de 1898, uma estação com linha duplicada possivelmente para atender as necessidades da região formada por grandes lavouras e pastos de onde provia a riqueza de grandes agricultores e produtores rurais. Hoje existem apenas os trilhos que passam por uma pequena ponte ate chegar ao ponto onde um dia foi uma estação ferroviária.

 
No km 133,572 nas proximidades da Fazenda Pau Grande localizada no distrito de Avelar, foi inaugurada no ano de 1903 a Parada Pau Grande; O nome deriva de "Paiol Grande" termo ao qual os escravos da região não pronunciavam corretamente. Em 1928 essa fazenda era propriedade da ferrovia. A parada faz divisa com o Campo de Instrução D. Pedro II, pertencente ao 32º BI de Petrópolis e foi construída na década de 1940 para atender à Coudelaria de Avelar, chamada de Remonta, servia para embarque e desembarque de cavalos para os quartéis do Rio de Janeiro. Nela existia uma rampa para o embarque e desembarque de cavalos do Exército.


Mais tarde, quando a fazenda foi vendida o nome da parada foi alterado para General Zenóbio.

Paralela a RJ-1298, a Parada Mestre Xisto inaugurada por volta de 1965 ainda e mantida com sua cobertura e plataforma, entretanto não há informações mais detalhadas sobre a mesma.

 
A estação de Avelar foi inaugurada em 1898 no km 137,535 o nome homenageava Joaquim Ribeiro Velho de Avellar, fazendeiro da região que cedeu terras para as construções da ferrovia.


A parada de Vila Rica foi inaugurada em 1943, no então km 140,287. Já existia ali uma parada chamada km 140. Depois tornou-se km 143,610. O pequeno prédio permanece em bom estado e conserva os trilhos.


 A estação de Taboões no km 143,112 (pertencente ao município de Vassouras) foi inaugurada em 1898 já na linha Auxiliar. O nome veio da fazenda próxima que era de propriedade da família do Barão de Ubá. A partir de 1996 a linha foi praticamente abandonada, embora cedida em concessão à FCA. Na região de Taboões, os trilhos ainda existem cobertos de mato, da construção nada restou além de algumas ruínas do que um dia foi uma plataforma. Ali não paravam trens de passageiros, apenas o auto de linha dos operários da via permanente.


A estação de Caiapó (em Vassouras) foi construida na altura do km 146,295 e inaugurada em 1905, a pedido dos moradores do lugar. A estação servia, em 1928, à povoação de Sucupira, à direita da linha, sentido Entre-Rios. A partir de 1996 a linha foi praticamente abandonada, embora cedida em concessão à FCA. Na região de Caiapó, os trilhos ainda existem. 


 A estação de Andrade Costa (em Vassouras), foi construída e inaugurada em 1898 no km 148,768 com seu nome derivando de Gabriel de Andrade Costa, engenheiro da E. F. Melhoramentos. No ano de 2008 o telhado havia caído e as paredes estavam prestes a ruir, mas por uma boa iniciativa o prédio foi reformado tal como sua forma original.


A estação de Cavaru, no município de Paraíba Do Sul foi inaugurada em 1898 no km 151,630 próxima a RJ-1268. A mesma existe até hoje, ainda com trilhos numa linha quase sem movimento que apesar de tudo e mantida muito bem preservada, além de possuir um manobrador triangular. Em 2003, um pequeno trem turístico voltou a passar entre Cavaru e Paraíba Do Sul; A estação mudou de cor novamente e teve de volta o movimento do passado.


Há cerca de cem anos havia uma parada dois quilômetros à frente de Cavaru, era a Parada De Medeiros que em 1928 já não havia nem vestígios de sua localização. 

  
A estação de Werneck foi inaugurada em 1898 no km 157,060. Atualmente o prédio e um pequeno centro cultural mas com a volta do trem os passeios de final de semana entre Paraíba do Sul e Cavaru trazem de volta movimento para a velha estação numa pequena locomotiva a vapor e seus vagões.


No km 161,800 ficava a Parada De Inema, construída em frente a antiga casa sede da Fazenda Inema que deu nome ao bairro. No local ainda há resquícios da plataforma encoberta pela vegetação bem como os trilhos, além disso grande parte do leito da linha foi invadido e cercado.           

Chegando ao centro do município de Paraíba Do Sul, se vê a principal estação no km 187,231 na altura da RJ-1442. A estação de Paraíba do Sul foi inaugurada em 1867, ali se juntam a Linha do Centro e a Linha Auxiliar, que corriam lado a lado até Três Rios. O prédio original da estação era mais simples, como muitas estações da Dom Pedro II (da mesma época). No ano de 2003 foi ativada uma linha turística com locomotiva a vapor utilizando-se os trilhos abandonados, entre Cavaru e Paraíba do Sul. Foram feitas inclusive algumas reformas próximo à estação de Paraíba do Sul para permitir a passagem do trem sem atrapalhar a estrada de rodagem. Um museu ferroviário foi inaugurado no mesmo dia no prédio da estação.


No km 192,506 funcionava estação de Barão de Angra inaugurada em 1912, homenageando o barão, Elisário Antonio dos Santos, diretor da ferrovia nos anos 1870. A estação está hoje em ruínas. O pátio, no entanto, é bastante movimentado. m Paraíba do Sul, a estação Barão de Angra fica no trecho de bitola mista que era compartilhada pela Linha do Centro e a Linha Auxiliar. A estação não tem mais nenhuma utilidade, infelizmente. Não há mais trens de passageiros e os cargueiros somente param ali à espera de algum cruzamento. A estação fica longe do centro da cidade e como é muito pequena e fica entre as linhas, não tem nem a possibilidade de se transformar em Centro Cultural ou ter qualquer outro uso para a população do bairro, já que a travessia sobre os trilhos traria riscos aos frequentadores.


No município de Três Rios foi inaugurada em 1867, no km 197,657 a principal estação, e ponto de partida para o primeiro ramal de Porto Novo do Cunha - MG. A primeira estação construída em Entre Rios ficava ao lado da estação (muda) da rodovia, a "União e Indústria", que ali se cruzavam. Esta ficava em frente. Ela tinha o estilo típico de chalé. Este prédio foi demolido nos anos 1960 e substituído pelo atual. Em termos arquitetônicos, uma enorme perda; Com o fracasso da rodovia, nos anos 1870, a estação passou a ser da E. F. Dom Pedro II. Os trilhos de bitola métrica da Linha Auxiliar passavam pela estação, vindos desde Paraíba do Sul, e de Entre Rios seguiam para Mar de Espanha, em Minas Gerais. Em 1898, construiu-se o depósito de locomotivas da estação. O prédio original foi demolido pela Central, que construiu a estação atual, insignificante e pequena onde atualmente Trens da MRS e da FCA trafegam hoje.

  
A estação de Santa Fé foi inaugurada em 1869 no ramal de Porto Novo da E. F. Dom Pedro II. É a primeira estação da linha Auxiliar em território mineiro, ficando localizada logo após a travessia da Ponte Humaitá, sobre o rio Paraibuna, divisa dos Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. No km 184,318 da ferrovia nas proximidades da MG-1314. O relatório da Leopoldina/RFFSA de 1971 relata que o prédio foi fechado em definitivo.


 A estação de Penha Longa foi inaugurada em 1887 no ramal de Porto Novo da E. F. Dom Pedro II. Nos anos 1960, como todo o antigo ramal de Porto Novo, a estação passou para o controle da Leopoldina. Muitos anos depois da estação fechada Penha Longa não acabou, mas certamente sofreu demais sem o trem.


Abandonada e em ruínas km 195,497 da ferrovia, A estação de Chiador foi inaugurada em 1869 no antigo povoado de Santo Antonio dos Crioulos. O nome Chiador é atribuído ao chiado que as corredeiras faziam no rio Paraíba e que eram ouvidos por ali - o rio ficava a cerca de 500 metros da estação - no ramal de Porto Novo da E. F. Dom Pedro II. A estação é considerada a primeira inaugurada em solo mineiro (na verdade, a estação de Santa Fé, também no município, tem a mesma data de inauguração), anterior mesmo às estações da linha do Centro da Central do Brasil, aberta um ano mais tarde. Em 1960, como todo o antigo ramal de Porto Novo, a estação passou para o controle da Leopoldina. Apesar de ainda ter uma linha operacional passando por ela onde se transporta cargueiros de minério. Está situada a 4,5 km da sede do município, totalmente isolada, o que complica a sua conservação. Mas em tempos não tão remotos, quando ainda funcionavam os trens de passageiros da Central e depois da Leopoldina. 


 A estação de Anta, aberta em 1875, ficava localizada no antigo ramal de Porto Novo da EFCB. Incorporada pela Linha Auxiliar em 1911, ela é hoje utilizada pelo trem de bauxita da FCA entre Barão de Camargos (próximo a Cataguases) e Barão de Angra, distrito de Paraíba do Sul. A estação é a primeira em território do Estado do Rio de Janeiro, depois de a linha cruzar novamente o rio Paraíba e retornar a ele. Nos últimos anos, a construção de uma variante no trecho onde estava Anta causou a desativação da linha que passa pela velha estação, no final de 2010. Por outro lado, a restauração da antiga estação de Anta ocorreu em 2000. Hoje a estação se tornou centro cultural.


A estação de Sapucaia foi inaugurada em 1871 pela E. F. Dom Pedro II no ramal de Porto Novo, reduzido em 1911 a bitola métrica e incorporado à Linha Auxiliar da EFCB. Localizada no km 212,375 a estação é a última em território do Estado do Rio de Janeiro, antes de a linha cruzar novamente o rio Paraíba e retornar a Minas Gerais. Recentemente a estação foi reformada e está servindo como museu (ou centro cultural, como afirmam outros). 


A estação de Ouro Fino, renomeada mais tarde Benjamin Constant, foi inaugurada em 1871 pela E. F. Dom Pedro II no km 219,464 do ramal de Porto Novo, incorporado à Linha Auxiliar da EFCB. 


 A estação de Teixeira Soares foi inaugurada em 1871 pela E. F. Dom Pedro II no ramal de Porto Novo, reduzido em 1911 a bitola métrica e incorporado à Linha Auxiliar da EFCB. Ela foi construída em terras de Carlos Teixeira Soares, a Fazenda Gironda, e era a ele que homenageava e não a seu irmão João, engenheiro de tantas ferrovias no Brasil. A estação foi demolida e foi invadida pelo mato. Localizava-se no km 223,844 da ferrovia.


A estação de Conceição foi inaugurada em 1871 pela E. F. Dom Pedro II no km 228,734 do ramal de Porto Novo, em 1911 foi incorporada à Linha Auxiliar da EFCB e mais tarde teve seu nome mudado para Simplício, homenagem a um fazendeiro do local, Simplicio José Ferreira da Fonseca. A estação, hoje isolada de tudo e de todos, já teve um enorme armazém de café com cerca de 60 m de comprimento.  


 Próximo ao porto de onde partiam as barcas para a travessia do Paraíba, na chácara denominada “Boa Vista” que pertenceu, em 1856, ao Dr. Antônio de Moura Ruas e que foi vendida a Idelphonso José dos Santos, instalou-se a estação de Porto Novo. Era confrontante de tal posse Luiz de Souza Breves que se julgava dono dela, como conseqüência de medição mal feita de sesmaria. Ingressou em juízo e, logo a seguir, fez um acordo. A estação de Porto Novo do Cunha - mais tarde simplificado para Porto Novo - foi inaugurada em 1871 pela E. F. Dom Pedro II como estação terminal do ramal de Porto Novo, com bitola de 1m60. Em 1890, a D. Pedro II mudou seu nome para Central do Brasil. As oficinas da Central do Brasil em Porto Novo surgiram em 1910. 

Mais tarde, a linha da Leopoldina Railway veio ter a esta estação, através de Além Paraíba, e, para facilitar o acesso de seus trens à cidade de Entre Rios, todo o antigo ramal teve reduzida a sua bitola para métrica em 1911 e incorporado à Linha Auxiliar, sendo a estação terminal desta - que até então estava em Entre Rios. Isto facilitava o acesso da Leopoldina a Entre Rios. Em 1957, tanto a Central quanto a Leopoldina foram incorporadas à RFFSA, e a linha do antigo ramal passou a ser administrada pela Leopoldina. Dali a linha segue para a estação de Além-Paraíba, esta sim construída pela Leopoldina. 

O prédio, está hoje totalmente abandonado, embora seus pátios sejam usados para armazenamento de vagões da concessionária. São na verdade dois prédios: um - o que está em pior estado, em ruínas - comportava o hotel (em cima) e o restaurante (embaixo). O outro era a estação em si e o armazém. Fora estes dois, existe o prédio da rotunda, que infelizmente desabou em 14 de março de 2008, vítima do abandono. 


Rotunda: Edifício de planta circular, terminado por cobertura ou por uma cúpula, construção geralmente circular, da qual saem trilhos, que irradiam em torno de uma placa girante, construção essa que serve de depósito a locomotivas. 

A rotunda é uma das mais impactantes edificações de um complexo ferroviário. 
Às vezes tomam para si a atenção que nem mesmo as estações, com suas grandes garagens, conseguem manter à frente. O que torna as rotundas centros de atenção é o fato de estarem invariavelmente repletas de locomotivas fumegantes.

Em Minas Gerais existem três rotundas, duas delas legado da mesma companhia, a E. F. Oeste de Minas, as de S. J. del-Rei e de Ribeirão Vermelho, e outra da E. F. Leopoldina, em Além Paraíba (antiga Porto Novo do Cunha). 
A rotunda de maior diâmetro entre as que restaram no Brasil, referentes às de 360º, é a de Além Paraíba, MG, com seus em torno de 80,00m.