segunda-feira, 24 de agosto de 2015

No Túnel Do Tempo Ferroviario

Este comboio real (formado pela locomotiva 'D. Luiz' e pela carruagem de Dona Maria Pia) foi preservado e é, hoje, espólio valioso da nossa herança ferroviária. (Maria Pia de Saboia, foi uma princesa da Itália e rainha consorte de Portugal, durante o reinado de seu marido, Luíz I). A carruagem foi oferecida pelo rei de Itália a sua filha Dona Maria Pia de Sabóia como prenda de casamento. Foi construída em Bruxelas em meados do século XIX pela Compagnie Générale de Matériels de Chemin-de-Fer e comporta vários salões e até instalações sanitárias com água corrente.

 A "Baronesa" foi a primeira locomotiva a percorrer os trilhos da primeira estrada de ferro do Brasil, que ligava o litoral fluminense a Petrópolis, por iniciativa de Irineu Evangelista de Sousa, o Visconde de Mauá, responsável por muitas outras ações importantes para o Brasil império, que começava a respirar ares de desenvolvimento e industrialização.
 A Baroneza circulou pela primeira vez em 30 de abril de 1854, com a presença da Comitiva Imperial quando foi inaugurada a E.F. Petropólis num trecho de 14,5 km entre Mauá e Fragoso, fundada por Irineu Evangelista de Souza, Visconde e Barão de Mauá. Foi no ato de inauguração da primeira ferrovia brasileira que o Imperador Dom Pedro II a batizou de Baroneza, em homenagem à esposa do Barão de Mauá, Dona Maria Joaquina, e foi nesta oportunidade também, que o Imperador conferiu a Irineu Evangelista de Sousa o título de Barão de Mauá.

Foi construída em 1852 pela Willian Fair Bairns & Sons, em Manchester, Inglaterra. No ano seguinte, o Barão de Mauá comprou-a, colocando-a em tráfego no dia 30 de abril de 1853, na E.F. Petrópolis, que Dom Pedro chamou de E.F. Mauá. Originariamente, pertenceu à Companhia de Navegação a Vapor, passando, com a concorrência da E.F. Dom Pedro II, que se tornaria a E.F. Central do Brasil à propriedade da E.F. Príncipe do Grão-Pará, que teve vida efêmera. Foi, finalmente, incorporada ao acervo da extinta The Leopoldina, mais tarde absorvida pela RFFSA.

 
A Baronesa, por seu importante papel como pioneira no campo ferroviário do Brasil, transformou-se também em um importante marco da história ferroviária mundial.
Acima, uma réplica da locomotiva Baronesa na estação de Governador Portela.

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