Em 2001 eu tive meu primeiro contato com o vagão fechado lá de Portela, na ausência de uma máquina fotográfica, gravei cada detalhe daquele dia na minha memória, o pátio de Governador Portela ainda estava bem preservado como mostra esse cartão postal mais ou menos da mesma época.
Da estação era possível ver o vagão fechado próximo dos vagões prancha e ao mesmo tempo abandonado. Infelizmente a situação já não era boa, as chapas estavam enferrujadas e não havia mais assoalho.
Quando ganhei minha primeira câmera digital em 2008 voltei ao pátio da estação de Portela para dessa vez registrar oficialmente o que ainda restava. O vagão estava lá, protegido dentro da Aços Pavuna, a foto ficou um pouco distante por ter sido o mais próximo que consegui chegar.
Em 2015 com a proposta de revitalização da ferrovia entre Miguel Pereira e Portela, decidi registrar o avanço das obras para me manter atualizado dos progressos. Chegando em Portela me deparei com cinco vagões prancha carregados com algumas estruturas de pontes, invadidos pela vegetação e até mesmo com os truques soterrados.
Sem dúvidas o vagão fechado estava em condições muito piores.
Finalmente tive a oportunidade de me aproximar do vagão que me encantou quando criança, e inevitavelmente subi na escada lateral pra olhar ele por dentro.
Com a autorização do sr Marcelo Andrade pude entrar mais vezes na empresa, entrar no vagão e fazer fotos melhores para comparar os detalhes do outro lado.
Com o processo aberto por mim na prefeitura de Miguel Pereira solicitando a cessão deste vagão tão desprezado por todos, consegui fazer com que os vagões prancha também recebessem atenção da secretaria de obras, que ordenou a limpeza do pátio.
Uma vez com a área desocupada de entulhos, foi ordenado que uma linha em bitola métrica fosse construída paralela a nova linha (de bitola larga) para aproximar os cinco vagões prancha e transferir o vagão fechado para o pátio, uma vez que o antigo prefeito estava disposto a ceder o vagão fechado para o desenvolvimento do meu projeto.
A limpeza do vagão:
Com a autorização do Sr. Marcelo Andrade da Aços Pavuna e por ordem do ex-prefeito Sr Cláudio Valente, me foi disponibilizado um caminhão muck para esvaziar o vagão fechado afim de prepará-lo para sua retirada de dentro das dependências da empresa.
Tive o prazer de contar com a ajuda do prezado amigo Thiago Costa para descarregar as máquinas e outros objetos que foram armazenados no vagão ao longo dos anos.
Para abrir espaço dentro do vagão foi preciso retirar os obstáculos que impediam as máquinas de chegarem até as portas, desta forma os primeiros itens removidos foram pedaços de madeira, telhas de aço, correntes, ganchos e mangueiras.
Com o auxílio de dois operários da secretaria de obras, passamos a tarde inteira descarregando as máquinas e colocando-as enfileiradas debaixo do galpão.
Além das chapas de ferro, correntes e pedaços de madeira, foram retirados seis compressores um motor para cabos de aço (extremamente pesado).
Uma semana depois foi cortada a árvore que cresceu agarrada dentro da estrutura do vagão para que o guindaste o erguesse sem causar danos.
Na linha em bitola métrica os vagões prancha ficariam na frente, pois a operação com o vagão fechado era mais complexa, entretanto o excesso de peso da ponte sobre o primeiro vagão prancha causou um descarrilamento que inviabilizou qualquer movimentação.
Pelo fato da transferência do vagão fechado ser prioridade, ele foi o primeiro a ser colocado nos trilhos da linha de bitola métrica, em seguida os vagões prancha foram rebocados e automaticamente acoplados ao vagão fechado.
Por um breve período de tempo o pátio da estação trouxe esperança de resgatar o que foi perdido, e em meio as ruínas foi possível imaginar como toda aquela área era na época de ouro da ferrovia na Serra Do Rio De Janeiro.
Após 20 anos "encostado" o velho vagão fechado estava no local combinado para facilitar o acesso e posteriormente permitir a retirada para o local de restauração.
Devido ao longo tempo de espera pela autorização oficial para o desenvolvimento do meu projeto, os vagões de Portela foram novamente tomados pela vegetação.
E preciso destacar que a responsabilidade de manter o pátio de Portela limpo bem como garantir que o patrimônio ferroviário lá depositado não seja invadido por vândalos e da prefeitura de Miguel Pereira.
A falta de fiscalização por parte da prefeitura e da guarda municipal pôs em risco a integridade do patrimônio ferroviário, em minha visita mais recente ao local em que se encontra o vagão, tive a infelicidade de encontrá-lo com várias pichações.
Com a documentação do Vagão fechado e a cessão por tempo indeterminado para o desenvolvimento do meu projeto, estou aguardando para realizar a retirada do vagão para que o mesmo possa ser devidamente reformado em uma oficina.
Da estação era possível ver o vagão fechado próximo dos vagões prancha e ao mesmo tempo abandonado. Infelizmente a situação já não era boa, as chapas estavam enferrujadas e não havia mais assoalho.
Quando ganhei minha primeira câmera digital em 2008 voltei ao pátio da estação de Portela para dessa vez registrar oficialmente o que ainda restava. O vagão estava lá, protegido dentro da Aços Pavuna, a foto ficou um pouco distante por ter sido o mais próximo que consegui chegar.
Em 2015 com a proposta de revitalização da ferrovia entre Miguel Pereira e Portela, decidi registrar o avanço das obras para me manter atualizado dos progressos. Chegando em Portela me deparei com cinco vagões prancha carregados com algumas estruturas de pontes, invadidos pela vegetação e até mesmo com os truques soterrados.
Sem dúvidas o vagão fechado estava em condições muito piores.
Finalmente tive a oportunidade de me aproximar do vagão que me encantou quando criança, e inevitavelmente subi na escada lateral pra olhar ele por dentro.
Com a autorização do sr Marcelo Andrade pude entrar mais vezes na empresa, entrar no vagão e fazer fotos melhores para comparar os detalhes do outro lado.
Com o processo aberto por mim na prefeitura de Miguel Pereira solicitando a cessão deste vagão tão desprezado por todos, consegui fazer com que os vagões prancha também recebessem atenção da secretaria de obras, que ordenou a limpeza do pátio.
A limpeza do vagão:
Com a autorização do Sr. Marcelo Andrade da Aços Pavuna e por ordem do ex-prefeito Sr Cláudio Valente, me foi disponibilizado um caminhão muck para esvaziar o vagão fechado afim de prepará-lo para sua retirada de dentro das dependências da empresa.
Tive o prazer de contar com a ajuda do prezado amigo Thiago Costa para descarregar as máquinas e outros objetos que foram armazenados no vagão ao longo dos anos.
Para abrir espaço dentro do vagão foi preciso retirar os obstáculos que impediam as máquinas de chegarem até as portas, desta forma os primeiros itens removidos foram pedaços de madeira, telhas de aço, correntes, ganchos e mangueiras.
Com o auxílio de dois operários da secretaria de obras, passamos a tarde inteira descarregando as máquinas e colocando-as enfileiradas debaixo do galpão.
Além das chapas de ferro, correntes e pedaços de madeira, foram retirados seis compressores um motor para cabos de aço (extremamente pesado).
Uma semana depois foi cortada a árvore que cresceu agarrada dentro da estrutura do vagão para que o guindaste o erguesse sem causar danos.
Na linha em bitola métrica os vagões prancha ficariam na frente, pois a operação com o vagão fechado era mais complexa, entretanto o excesso de peso da ponte sobre o primeiro vagão prancha causou um descarrilamento que inviabilizou qualquer movimentação.
Pelo fato da transferência do vagão fechado ser prioridade, ele foi o primeiro a ser colocado nos trilhos da linha de bitola métrica, em seguida os vagões prancha foram rebocados e automaticamente acoplados ao vagão fechado.
Por um breve período de tempo o pátio da estação trouxe esperança de resgatar o que foi perdido, e em meio as ruínas foi possível imaginar como toda aquela área era na época de ouro da ferrovia na Serra Do Rio De Janeiro.
Após 20 anos "encostado" o velho vagão fechado estava no local combinado para facilitar o acesso e posteriormente permitir a retirada para o local de restauração.
Devido ao longo tempo de espera pela autorização oficial para o desenvolvimento do meu projeto, os vagões de Portela foram novamente tomados pela vegetação.
E preciso destacar que a responsabilidade de manter o pátio de Portela limpo bem como garantir que o patrimônio ferroviário lá depositado não seja invadido por vândalos e da prefeitura de Miguel Pereira.
A falta de fiscalização por parte da prefeitura e da guarda municipal pôs em risco a integridade do patrimônio ferroviário, em minha visita mais recente ao local em que se encontra o vagão, tive a infelicidade de encontrá-lo com várias pichações.
Com a documentação do Vagão fechado e a cessão por tempo indeterminado para o desenvolvimento do meu projeto, estou aguardando para realizar a retirada do vagão para que o mesmo possa ser devidamente reformado em uma oficina.
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