A região serrana do estado do Rio De Janeiro sempre se destacou por ter uma magnífica paisagem, e foi nessa serra onde se desenvolveu o trecho mais importante da Linha Auxiliar. O "trecho de serra" permitia a ligação ferroviária em bitola métrica entre Japeri e Porto Novo Do Cunha - MG.
A estação de Japeri (Belém) foi inaugurada em 1860, ponto terminal do segundo trecho inaugurado pela E. F. Dom Pedro II no km 61,749 da Linha Do Centro. A partir de 1898, passou a ser também estação da E. F. Melhoramentos Do Brasil, que vinha também do centro do Rio de Janeiro (da estação Alfredo Maia) e seguia para Porto Novo, através de uma linha construída na serra do Tinguá. Em 1903 essa linha foi incorporada a E.F. Central Do Brasil e passou a se chamar Linha Auxiliar.
No km 67,724 da Linha Auxiliar, paralela a antiga estação de Belém, posteriormente chamada de Japeri foi construída uma segunda estação para atender a linha em bitola métrica, havendo no local duas estações com o mesmo nome porém atendendo diferentes ramais.
Logo a frente, começando a subir a serra, no km 75,560 havia uma pequena construção, a Parada de Botais, onde hoje restam apenas ruínas.
No km 75,560 está localizada a Estação de Paes Leme, que ainda mantém preservada a aparência e os trilhos a sua volta.
Cruzando a RJ-2334 existiu a
Parada de Mangueiras, que servia à fazenda chamada Sertão e ficava cerca de um quilômetro antes da estação de Conrado. Mangueiras foi demolida mas sua pequena plataforma de pedras ainda
pode ser encontrada em meio a vegetação que lhe cerca.
No km 86,776 da RJ-1445 está a
primeira grande estação da Serra, a Estação de Conrado; O local contava
com uma boa estrutura que permitia que a locomotiva pudesse manobrar
para voltar subindo a serra em direção a Miguel Pereira.
A estação ou simplesmente parada de Santa Branca foi inaugurada em 1898. Por volta do ano de 2004 a construção que lá havia foi demolida e não sobraram vestígios sobre sua real localização. A Parada de Santa Branca ficava próxima a uma pequena ponte de ferro sobre um riacho na altura do km 88,220.
Entre a Parada de Santa Branca e a Estação de Arcádia está localizada outra grande obra da engenharia ferroviária, uma enorme ponte de ferro sobre o rio Santana.
No km 92,695 cortando a RJ-1307 ainda resiste ao tempo a Estação de Arcádia que foi inaugurada em 1898 nas terras da fazenda Bonfim. O nome original era o mesmo da fazenda, e só foi mudado para o atual em 1940.
No km 96,731 paralela a RJ-3799 ficava a antiga
Estação de Engenheiro Adel inaugurada em 1828, a construção foi demolida restando neste lugar parte da estrutura de ferro e uma casa
pertencente a rede ferroviária que mantém quase apagada a inscrição
"E.F.C.B, via permanente, 4ª turma".
Seguindo um pouco a diante o caminho de vegetação fechada revela pouco a pouco as pedras do que um dia foi a plataforma de Monte Sinai, inaugurada em 1898.
O km 99,826 tornou-se uma estreita estrada de terra tendo como referência do passado apenas a base da parada de Monte Líbano. Ali havia também uma casa de turma da RFFSA, que tal como a parada, não existe mais.
Em Monte Líbano ainda próximo a antiga parada há uma ponte de concreto que foi completamente tomada pela vegetação.
Finalmente no km 102,424 cruzando a RJ-1307 está localizada a Estação de Vera Cruz aberta em 1898, em terras da fazenda da família Werneck (cuja sede ainda está em pé
e bem conservada). Em 1991, ainda havia uma pequena fonte ao lado da estação, onde os ferroviários
costumavam criar peixes. Trens ainda passavam e era possível
tomá-los ali para subir e descer a serra. A estação permaneceu em funcionamento até a última viagem do antigo trem turístico.
Para a tristeza de muitos no km
106,327 não há mais a estação de Francisco Fragoso, aberta em 1898,
junto a linha. Tendo o nome de Conrado Niemeyer. Infelizmente foi
demolida em 2000 e em seu lugar construída uma estação de tratamento de
água. Não sobrou nada da estação.
O maior pátio ferroviário da
Linha Auxiliar funcionava entorno da Estação de Governador Portela
localizada no km 111,730 aos 634 metros de altitude. Era nesta estação
que saía a linha para o ramal de Jacutinga, que passava por Vassouras e
chegava a Santa Rita do Jacutinga, já em Minas Gerais, onde se
encontrava com a Rede Mineira de Viação, linha da Barra.
Em Governador
Portela existia a maior oficina mecânica de reparos, manutenção e
pesquisa da Rede Ferroviária. Havia, ainda vários depósitos. Três deles armazenavam cimento, cal, açúcar e cerveja. Nos outros, legumes verduras e frutas.
Cada vagão tinha uma capacidade de carregar 30 toneladas. E um caminhão carregava 3 toneladas. Sendo assim, se um trem subia a serra com 20 vagões dando um total de 600 toneladas, para transportar a mesma quantidade em caminhões seria necessário uma caravana de 200 caminhões.
Acima aparece o grande depósito de locomotivas no pátio de Governador Portela, por volta de 1930. Nessa região, a ferrovia sempre foi fundamental para o comércio e pequenas indústrias locais. As instalações das oficinas de Governador Portela foram demolidas no começo de 2002.
A estação de Barão de Javari foi
aberta em 1898 pela E. F. Melhoramentos na altura do km 113,169. Seu
nome homenageava o Barão, então diretor da Secretaria da Câmara dos
Deputados do Estado, Jorge João Dodsworth. Barão de Javari é um distrito
de Miguel Pereira mas era somente uma pequena parada. Contam que ali
existiu um cemitério de escravos e que estava localizado bem próximo da
parada, indo no sentido de Governador Portela, do lado esquerdo de quem
chega em Javari.
No cruzamento com o início da rua Maurício Silveira - Vila Selma, a cerca de 2 km do centro de Miguel Pereira, resiste ao tempo apenas a plataforma da Parada da Prefeitura Velha que curiosamente não possui qualquer referência além do nome popular e as ruínas cobertas pelo mato.

Localizada no km 116,214 paralela a RJ-0290 encontra-se a estação de Estiva, aberta em 1898 pela Melhoramentos Do Brasil; Pouco tempo mais tarde teve o nome alterado para "Estação Professor Miguel Pereira", o nome homenageia
o Dr. Miguel Pereira, médico e professor da Faculdade de Medicina do
Rio de Janeiro que difundiu os "bons ares" da região. No final dos anos
1990, com a malfadada privatização a estação, desprezada pela Prefeitura
local, foi posta à venda e comprada por uma rede de supermercados, cuja
primeira providência foi demolir as oficinas ferroviárias que havia
ali. A Prefeitura então resolveu embargar a obra e comprar o terreno de
volta, prometendo ocupar o imenso espaço vazio com algo que pudesse
favorecer a comunidade. As oficinas agora só existem na memória e nas
fotos do museu ferroviário de Portela.
Permanecem em pé apenas a velha estação e uma construção ao lado que servia como depósito e caixa d'água e depósito.
Esquecida pelo tempo, a parada da Praça Da Ponte no Km 117,364 permaneceu soterrada por anos, não há registro sobre sua construção, mas de fato a plataforma ainda existe. As condições atuais não favorecem sua preservação, o mato tomou conta da maior parte.
No trecho do km 116,214 da
RJ-1321 existiam duas paradas, Pedras Ruivas e um pouco mais a diante
Monte Alegre. Por serem muito próximas são muitas vezes consideradas
como uma única construção; Entretanto a parada de Pedras Ruivas está dentro dos limites de Miguel Pereira.
Logo a frente ficava a parada de Monte Alegre construída em 1928, mesma época que a parada de Pedras Ruivas. Esta parada foi construída dentro dos limites de Paty Do Alferes.
A Estação de Paty Do Alferes
está no km 122,448 e cruza a RJ-1297. Apesar da construção estar de pé,
poucos são os registros sobre a mesma, na década de 40 a Estação era
muito usada para triagem de cargas agrícola regionais, até animais de
pequeno porte. Muitas cargas eram negociadas ali mesmo na feira que hoje
em dia e exclusiva para produtos artesanais.
A estação de Arcozelo que fica
próxima ao km 125,645 da RJ-1275 foi inaugurada em 1898 pela E. F.
Melhoramentos. Seu nome é uma homenagem a Joaquim Teixeira de Castro,
Visconde de Arcozelo, fundador da fazenda de Arcozelo, criadora de gado
leiteiro nos anos 1920 e próxima à linha, do lado esquerdo de quem vinha
do Rio de Janeiro.
A parada de Macedo Silva foi
inaugurada em 1956 no km 128,780 entre as pontes do Sumidouro e Coelho,
medindo cerca de 5 metros cada, a beira da linha do extinto ramal
Alfredo Maia X Três Rios. Hoje não há qualquer sinal de sua existência
nem mesmo ruínas, apenas trilhos cobertos de terra.
Enquanto este pequeno veículo
auto de ferrovia circulou por este trecho mesmo após a extinção do
ramal, a linha foi mantida e conservada na medida do possível por
ex-ferroviários.
Em Bueno De Andrade, no km
131,340 pouco se sabe sobre a construção ali erguida por volta de 1898, uma estação com linha duplicada possivelmente para atender as necessidades da região formada por grandes lavouras e pastos de onde provia a riqueza de grandes agricultores e produtores rurais. Hoje existem apenas os trilhos que passam por uma pequena ponte ate chegar ao ponto onde um dia foi uma estação ferroviária.

No km 133,572 nas proximidades
da Fazenda Pau Grande localizada no distrito de Avelar, foi inaugurada
no ano de 1903 a Parada Pau Grande; O nome deriva de "Paiol Grande"
termo ao qual os escravos da região não pronunciavam corretamente. Em
1928 essa fazenda era propriedade da ferrovia. A parada faz divisa com o
Campo de Instrução D. Pedro II, pertencente ao 32º BI de Petrópolis e
foi construída na década de 1940 para atender à Coudelaria de Avelar,
chamada de Remonta, servia para embarque e desembarque de cavalos para
os quartéis do Rio de Janeiro. Nela existia uma rampa para o embarque e desembarque de cavalos do Exército.
Mais tarde, quando a fazenda foi vendida o nome da parada foi alterado para General Zenóbio.
Paralela a RJ-1298, a Parada
Mestre Xisto inaugurada por volta de 1965 ainda e mantida com sua
cobertura e plataforma, entretanto não há informações mais detalhadas
sobre a mesma.
A estação de Avelar foi
inaugurada em 1898 no km 137,535 o nome homenageava Joaquim Ribeiro
Velho de Avellar, fazendeiro da região que cedeu terras para as construções da ferrovia.
A parada de Vila Rica foi
inaugurada em 1943, no então km 140,287. Já existia ali uma parada
chamada km 140. Depois tornou-se km 143,610. O pequeno prédio permanece
em bom estado e conserva os trilhos.
A estação de Taboões no km 143,112 (pertencente ao
município de Vassouras) foi inaugurada em 1898 já na linha Auxiliar. O
nome veio da fazenda próxima que era de propriedade da família do Barão
de Ubá. A partir de 1996 a linha foi praticamente abandonada, embora
cedida em concessão à FCA. Na região de Taboões, os trilhos ainda
existem cobertos de mato, da construção nada restou além de algumas ruínas do que um dia foi uma plataforma. Ali não paravam trens de passageiros, apenas o auto de linha dos operários da via permanente.
A estação de Caiapó (em Vassouras) foi construida na altura do km 146,295 e
inaugurada em 1905, a pedido dos moradores do lugar. A estação servia,
em 1928, à povoação de Sucupira, à direita da linha, sentido Entre-Rios.
A partir de 1996 a linha foi praticamente abandonada, embora cedida em
concessão à FCA. Na região de Caiapó, os trilhos ainda existem.
A estação de Andrade Costa (em Vassouras),
foi construída e inaugurada em 1898 no km 148,768 com seu nome
derivando de Gabriel de Andrade Costa, engenheiro da E. F.
Melhoramentos. No ano de 2008 o telhado havia caído e as paredes estavam
prestes a ruir, mas por uma boa iniciativa o prédio foi reformado tal
como sua forma original.
A estação de Cavaru, no
município de Paraíba Do Sul foi inaugurada em 1898 no km 151,630 próxima
a RJ-1268. A mesma existe até hoje, ainda com trilhos numa linha quase
sem movimento que apesar de tudo e mantida muito bem preservada, além de
possuir um manobrador triangular. Em 2003, um pequeno trem turístico voltou a passar entre Cavaru e Paraíba Do Sul; A estação mudou de cor novamente e teve de volta o movimento do passado.
Há cerca de cem anos havia uma parada dois quilômetros à frente de Cavaru, era a Parada De Medeiros que em 1928 já não havia nem vestígios de sua localização.
A estação de Werneck foi inaugurada em 1898 no km 157,060. Atualmente o prédio e um pequeno centro cultural mas com
a volta do trem os passeios de final de semana entre Paraíba do Sul e
Cavaru trazem de volta movimento para a velha estação numa pequena
locomotiva a vapor e seus vagões.
No km 161,800 ficava a Parada De Inema, construída em frente a antiga casa sede da Fazenda Inema que deu nome ao bairro. No local ainda há resquícios da plataforma encoberta pela vegetação bem como os trilhos, além disso grande parte do leito da linha foi invadido e cercado.
Chegando ao centro do município de Paraíba Do Sul, se vê a principal estação no km 187,231 na altura da RJ-1442. A estação de Paraíba do Sul foi inaugurada em 1867, ali se juntam a Linha do Centro e a Linha Auxiliar, que corriam lado a lado até Três Rios. O prédio original da estação era mais simples, como muitas estações da Dom Pedro II (da mesma época). No ano de 2003 foi ativada uma linha turística com locomotiva a vapor utilizando-se os trilhos abandonados, entre Cavaru e Paraíba do Sul. Foram feitas inclusive algumas reformas próximo à estação de Paraíba do Sul para permitir a passagem do trem sem atrapalhar a estrada de rodagem. Um museu ferroviário foi inaugurado no mesmo dia no prédio da estação.

No km 192,506 funcionava estação
de Barão de Angra inaugurada em 1912, homenageando o barão, Elisário
Antonio dos Santos, diretor da ferrovia nos anos 1870. A estação está
hoje em ruínas. O pátio, no entanto, é bastante movimentado. m Paraíba
do Sul, a estação Barão de Angra fica no trecho de bitola mista que era
compartilhada pela Linha do Centro e a Linha Auxiliar. A estação não tem
mais nenhuma utilidade, infelizmente. Não há mais trens de passageiros e
os cargueiros somente param ali à espera de algum cruzamento. A estação
fica longe do centro da cidade e como é muito pequena e fica entre as
linhas, não tem nem a possibilidade de se transformar em Centro Cultural
ou ter qualquer outro uso para a população do bairro, já que a
travessia sobre os trilhos traria riscos aos frequentadores.

No município de Três Rios foi
inaugurada em 1867, no km 197,657 a principal estação, e ponto de
partida para o primeiro ramal de Porto Novo do Cunha - MG. A primeira
estação construída em Entre Rios ficava ao lado da estação (muda) da
rodovia, a "União e Indústria", que ali se cruzavam. Esta ficava em
frente. Ela tinha o estilo típico de chalé. Este prédio foi demolido nos
anos 1960 e substituído pelo atual. Em termos arquitetônicos, uma
enorme perda; Com o fracasso da rodovia, nos anos 1870, a estação passou
a ser da E. F. Dom Pedro II. Os trilhos de bitola métrica da Linha
Auxiliar passavam pela estação, vindos desde Paraíba do Sul, e de Entre
Rios seguiam para Mar de Espanha, em Minas Gerais. Em 1898, construiu-se
o depósito de locomotivas da estação. O prédio original foi demolido
pela Central, que construiu a estação atual, insignificante e pequena
onde atualmente Trens da MRS e da FCA trafegam hoje.

A estação de Santa Fé foi
inaugurada em 1869 no ramal de Porto Novo da E. F. Dom Pedro II. É a
primeira estação da linha Auxiliar em território mineiro, ficando
localizada logo após a travessia da Ponte Humaitá, sobre o rio
Paraibuna, divisa dos Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. No km
184,318 da ferrovia nas proximidades da MG-1314. O relatório da
Leopoldina/RFFSA de 1971 relata que o prédio foi fechado em definitivo.
A estação de Penha Longa foi
inaugurada em 1887 no ramal de Porto Novo da E. F. Dom Pedro II. Nos
anos 1960, como todo o antigo ramal de Porto Novo, a estação passou para
o controle da Leopoldina. Muitos anos depois da estação fechada Penha
Longa não acabou, mas certamente sofreu demais sem o trem.

Abandonada e em ruínas km
195,497 da ferrovia, A estação de Chiador foi inaugurada em 1869 no
antigo povoado de Santo Antonio dos Crioulos. O nome Chiador é atribuído
ao chiado que as corredeiras faziam no rio Paraíba e que eram ouvidos
por ali - o rio ficava a cerca de 500 metros da estação - no ramal de
Porto Novo da E. F. Dom Pedro II. A estação é considerada a primeira
inaugurada em solo mineiro (na verdade, a estação de Santa Fé, também no
município, tem a mesma data de inauguração), anterior mesmo às estações
da linha do Centro da Central do Brasil, aberta um ano mais tarde. Em
1960, como todo o antigo ramal de Porto Novo, a estação passou para o
controle da Leopoldina. Apesar de ainda ter uma linha operacional
passando por ela onde se transporta cargueiros de minério. Está situada a
4,5 km da sede do município, totalmente isolada, o que complica a sua
conservação. Mas em tempos não tão remotos, quando ainda funcionavam os
trens de passageiros da Central e depois da Leopoldina.

A estação de Anta, aberta em
1875, ficava localizada no antigo ramal de Porto Novo da EFCB.
Incorporada pela Linha Auxiliar em 1911, ela é hoje utilizada pelo trem
de bauxita da FCA entre Barão de Camargos (próximo a Cataguases) e Barão
de Angra, distrito de Paraíba do Sul. A estação é a primeira em
território do Estado do Rio de Janeiro, depois de a linha cruzar
novamente o rio Paraíba e retornar a ele. Nos últimos anos, a construção
de uma variante no trecho onde estava Anta causou a desativação da
linha que passa pela velha estação, no final de 2010. Por outro lado, a
restauração da antiga estação de Anta ocorreu em 2000. Hoje a estação se
tornou centro cultural.

A estação de Sapucaia foi
inaugurada em 1871 pela E. F. Dom Pedro II no ramal de Porto Novo,
reduzido em 1911 a bitola métrica e incorporado à Linha Auxiliar da
EFCB. Localizada no km 212,375 a estação é a última em território do
Estado do Rio de Janeiro, antes de a linha cruzar novamente o rio
Paraíba e retornar a Minas Gerais. Recentemente a estação foi reformada e
está servindo como museu (ou centro cultural, como afirmam outros).
A estação de Ouro Fino, renomeada mais tarde Benjamin Constant, foi inaugurada em 1871 pela E. F. Dom Pedro II no km 219,464 do ramal de Porto Novo, incorporado à Linha Auxiliar da EFCB.
A estação de Teixeira Soares foi
inaugurada em 1871 pela E. F. Dom Pedro II no ramal de Porto Novo,
reduzido em 1911 a bitola métrica e incorporado à Linha Auxiliar da
EFCB. Ela foi construída em terras de Carlos Teixeira Soares, a Fazenda
Gironda, e era a ele que homenageava e não a seu irmão João, engenheiro
de tantas ferrovias no Brasil. A estação foi demolida e foi invadida
pelo mato. Localizava-se no km 223,844 da ferrovia.
A estação de Conceição foi inaugurada em 1871 pela E. F. Dom Pedro II no km 228,734 do ramal de Porto Novo, em 1911 foi incorporada à Linha Auxiliar da EFCB e mais tarde teve seu nome mudado para Simplício, homenagem a um fazendeiro do local, Simplicio José Ferreira da Fonseca. A estação, hoje isolada de tudo e de todos, já teve um enorme armazém de café com cerca de 60 m de comprimento.

Próximo ao porto de onde partiam
as barcas para a travessia do Paraíba, na chácara denominada “Boa
Vista” que pertenceu, em 1856, ao Dr. Antônio de Moura Ruas e que foi
vendida a Idelphonso José dos Santos, instalou-se a estação de Porto
Novo. Era confrontante de tal posse Luiz de Souza Breves que se julgava
dono dela, como conseqüência de medição mal feita de sesmaria. Ingressou
em juízo e, logo a seguir, fez um acordo. A estação de Porto Novo do
Cunha - mais tarde simplificado para Porto Novo - foi inaugurada em 1871
pela E. F. Dom Pedro II como estação terminal do ramal de Porto Novo,
com bitola de 1m60. Em 1890, a D. Pedro II mudou seu nome para Central
do Brasil. As oficinas da Central do Brasil em Porto Novo surgiram em
1910.
Mais tarde, a linha da Leopoldina Railway veio ter a esta estação,
através de Além Paraíba, e, para facilitar o acesso de seus trens à
cidade de Entre Rios, todo o antigo ramal teve reduzida a sua bitola
para métrica em 1911 e incorporado à Linha Auxiliar, sendo a estação
terminal desta - que até então estava em Entre Rios. Isto facilitava o
acesso da Leopoldina a Entre Rios. Em 1957, tanto a Central quanto a
Leopoldina foram incorporadas à RFFSA, e a linha do antigo ramal passou a
ser administrada pela Leopoldina. Dali a linha segue para a estação de
Além-Paraíba, esta sim construída pela Leopoldina.
O prédio, está hoje
totalmente abandonado, embora seus pátios sejam usados para
armazenamento de vagões da concessionária. São na verdade dois prédios:
um - o que está em pior estado, em ruínas - comportava o hotel (em cima)
e o restaurante (embaixo). O outro era a estação em si e o armazém.
Fora estes dois, existe o prédio da rotunda, que infelizmente desabou em
14 de março de 2008, vítima do abandono.
Rotunda:
Edifício de planta circular, terminado por cobertura ou por uma cúpula,
construção geralmente circular, da qual saem trilhos, que irradiam em
torno de uma placa girante, construção essa que serve de depósito a
locomotivas.
A rotunda é uma das mais impactantes edificações de um complexo ferroviário.
Às
vezes tomam para si a atenção que nem mesmo as estações, com suas
grandes garagens, conseguem manter à frente. O que torna as rotundas
centros de atenção é o fato de estarem invariavelmente repletas de
locomotivas fumegantes.
Em Minas Gerais existem três rotundas, duas delas legado da mesma companhia,
a E. F. Oeste de Minas, as de S. J. del-Rei e de Ribeirão Vermelho, e
outra da E. F. Leopoldina, em Além Paraíba (antiga Porto Novo do
Cunha).
A
rotunda de maior diâmetro entre as que restaram no Brasil, referentes
às de 360º, é a de Além Paraíba, MG, com seus em torno de 80,00m.