O projeto do Trem Turístico de Miguel Pereira é algo fantástico, temos três locomotivas a vapor, a linha voltou para bitola métrica, e parte do pátio de Portela está sendo reconstruído, embora isso não signifique um interesse real na preservação ferroviária.
Durante as obras de construção da "Rua Coberta" a parte da estação usada originalmente como armazém de cargas foi interditada e cercada por tapumes, ocultando o mal que estava prestes a abrir uma ferida em uma das construções mais antigas da cidade.
No dia 25 de junho desse ano o Blog trazia em uma triste postagem a notícia de que as paredes de parte da estação de Miguel Pereira foram derrubadas para "abrir espaço", como se não houvesse espaço suficiente quando as enormes portas do galpão de carga eram abertas.
Antes e depois:
Quebrar as paredes e retirar os portões parecia não ser suficiente, então no dia 2 de setembro me deparei com o anexo da estação completamente demolido, até mesmo o reluzente piso colocado durante a reforma foi arrancado.
Ironicamente a placa com a inscrição "Memorial Histórico" foi colocada do lado de fora de cabeça para baixo, muito apropriado levando em conta essa barbaridade que a cada dia apaga um pouco mais da nossa memória histórica e afetiva.
A reforma das estações realizada em em 2015 não retirou nada das características da estação; Na verdade o pouco que foi modificado valorizou ainda mais o que já existia como no caso da plataforma secundária que era coberta por telhas de amianto, substituídas por telhas francesas novas assim como as da própria estação.
Algumas vigas de sustentação em pior estado deram lugar a réplicas do madeiramento original inclusive com os mesmos acabamentos.
Mesmo sem os trilhos a faixa de domínio da ferrovia está sinalizada, entretanto as pessoas se habtuaram a usar esse espaço como estacionamento, embora a ferrovia tenha prioridade em usar esse espaço, parece que não é conveniente para a "nova cidade".
Enquanto os destroços da estação eram retirados pelos fundos de maneira furtiva, o mesmo acontecia com as belas telhas da plataforma para que fossem pintadas com um único objetivo: não deixar rastros das benfeitorias realizadas pelo prefeito anterior.
A estação de Miguel Pereira media antes de ser parcialmente demolida 55 metros, e sua plataforma 95 metros, hoje a estação mede apenas 42, e cerca de 5 metros da plataforma onde não havia cobertura também desapareceram para a construção de um ponto de ônibus.
Além de retirar as telhas para a nova pintura, todas as vigas de madeira da plataforma e da estação foram pintadas de branco, totalmente fora de contexto.
O fato da plataforma se estender demais e "atrapalhar" a visão da "Rua Coberta", acarretou um esquema sórdido para justificar a destruição de parte da estação como sendo algo de vital importância para melhorar o acesso dos futuros passageiros.
Se essa era a intenção, bastava não construir esse prédio em formato de presídio que ocupa um espaço absurdo e tem uma aparência extremamente desagradável.
A prefeitura de Miguel Pereira chegou a solicitar uma análise de viabilidade para o projeto do trem turístico utilizando locomotivas a vapor e a empresa deixou claro a necessidade da construção de uma linha secundária com 350 metros entre o AMV próximo a Lojas Cem e o girador passando por fora da estação de forma semelhante a ferrovia original.
Outra opção seria construir uma duplicação um pouco menor, com cerca de 150 metros entre o AMV e a secretaria de turismo (antiga casa dos engenheiros da Rede Ferroviária).
Independente das alternativas, o estacionamento em frente ao restaurante Relíquia seria extinto, pois o local faz parte da faixa de domínio da ferrovia e até o final da década de 1990 ainda tinha trilhos.
Até que surgiu a informação de que alguns empresários com lojas na "Rua Coberta" se opuseram a ideia de uma locomotiva a vapor passando em frente ao empreendimento pois segundo eles a fumaça poderia interferir o bem estar dos clientes principalmente nos restaurantes. Sendo assim, parece que não haverá a duplicação da linha nem a conexão com o trecho original.
Fica uma dúvida no ar, se o prefeito deixou claro desde o início que só aceitaria a circulação de um trem conduzido por uma locomotiva a vapor, como não entrou em acordo com esses empresários de que o atrativo de uma "Maria Fumaça" é justamente a fumaça, que em sua maioria é composta apenas de vapor d'água.
Recentemente surgiu uma informação extraoficial que indicava a possibilidade de reconstruir uma linha atrás da estação para que a locomotiva fosse desviada da linha principal, ficando escondida para liberar o vapor longe do projeto em destaque, sendo essa a justificativa perfeita para a demolição de parte da estação.
Nesse cenário, quando o trem se aproximasse, a "Maria Fumaça" seria direcionada para a linha de trás da estação enquanto os carros de passageiros seriam tracionados por uma pequena máquina a diesel pela linha principal. Isso faria da construção do girador um desperdício de tempo, espaço e dinheiro. Bastava colocar um AMV (aparelho de mudança de via) como antigamente e a composição seria dividida da mesma forma.
Qualquer pessoa normal presente na tal "Rua Coberta" gostaria de ver a chegada do trem na estação e a locomotiva passando da linha principal para retornar pela linha secundária em direção ao girador onde seria manobrada.
Mas como a linha acaba antes da passagem de nível, a locomotiva não poderá entrar na linha principal pois não teria como voltar.
Quando o ex prefeito Cláudio Valente trouxe a Litorina para operar como trem turístico em 2015, a bitola da linha precisou ser alterada de métrica 1,00m para larga 1,60m mas as estações de Miguel Pereira e Governador Portela foram totalmente restauradas preservando suas características originais que sempre foram o charme dessa edificação.
Ironicamente, o atual prefeito André Português que era contra a utilização de uma automotriz pois achava muito moderna e não tinha a cara da cidade, trouxe três locomotivas a vapor mas em compensação desfigurou as estações de Miguel Pereira e Governador Portela tendo a pretensão de até mesmo demolir o que não lhe agradava.
E como forma de exterminar qualquer vestígio da histórica cidade, as estações foram descaracterizadas, até as telhas da estação e da plataforma estão sendo retiradas para ser pintadas, o que não faz sentido pois a cor natural combina com esses "tijolinhos" aplicados nas paredes da estação.
Mesmo que as madeiras fossem pintadas de azul novamente (o que não vai acontecer), a essência foi perdida. Agora a estação parece uma intrusa na cidade que supostamente está sendo reconstruída como uma versão alternativa de Gramado RS.
Se é que existe algo de poético em todo esse caos, são as manchas de tinta avermelhada sobre os trilhos como o sangue das feridas abertas entre os tijolos maciços, enquanto o céu nublado derrama suas lágrimas em um monumento que jaz bem no coração da cidade.
Sobre as formas de permitir a manobra das locomotivas, ainda existe uma terrível possibilidade para realizar a duplicação da linha sacrificando 40 metros da plataforma secundária e destruindo 12 das colunas que sustentam a cobertura. Desse jeito a duplicação sairia da linha principal cruzando o espaço da plataforma e seguindo por fora até chegar ao girador.
Infelizmente essa hipótese não está descartada pois assim seria possível atender os caprichos dos empresários da "Rua Coberta" que se mostraram incomodados com a ideia de uma locomotiva a vapor soltando fumaça, e do prefeito que insiste em mudar a cara da cidade custe o que custar.
A plataforma utilizada como ponto de ônibus desde a desativação do ramal, caso fosse feita a duplicação da linha tal como era originalmente os ônibus não poderiam mais parar nesse local. Mas no final da plataforma está sendo construído um ponto de ônibus levando a crer que a plataforma será usada de outra forma.
A destruição disfarçada de modernidade não para por aí não, em Governador Portela e em Conrado as estações também sofreram alterações desnecessárias.
Nenhuma das estações precisava de qualquer reforma ou melhoria pois estavam reformadas e preservadas mesmo sete anos depois da obra.
Todo o madeiramento, embolso, telhas e vidros estão (estavam), do mesmo jeito da reinauguração, o que torna essa obra um desperdício de dinheiro público que não beneficia o projeto do trem turístico em absolutamente nada, tudo isso não passa de vaidade política.
Essa "decoração" das estações nem sequer combina com as novas construções da atual gestão municipal, esses tijolinhos fizeram com que as estações parecessem intrusas entre os devaneios da "nova cidade".
Como diz o prefeito em suas lives, "quero deixar registrado" que quem está trabalhando nessas obras não tem culpa dessa carnificina do patrimônio ferroviário pois estão apenas cumprindo ordens, a revolta de nós preservacionistas é com aqueles que mesmo podendo evitar, permitem que estragos como esses aconteçam.
O problema é de total responsabilidade da prefeitura que deveria zelar pela conservação do patrimônio ferroviário sob sua posse mas prefere transformar a cidade num imenso canteiro de obras para "mostrar serviço" mesmo que não promovam qualquer benefício a população ou aos turistas como gosta de anunciar.
Atualização 23 de setembro de 2022
Como dito no início dessa postagem, só é possível realizar a manobra da locomotiva utilizando o girador caso haja uma duplicação da linha no centro da cidade.
O certo seria construir a duplicação utilizando a faixa de domínio da ferrovia no trecho de 150 metros entre o AMV e a secretaria de turismo (antiga casa dos engenheiros da Rede Ferroviária) para tentar contornar o silencioso boicote das franquias Lugano Chocolates, Lomo, Domino's Pizza, Chez Michou Creperie, Espoleto, T-Rextaurante, Luigi Sorvetes, Ki Mi Sushibar, entre outras que não aceitam a passagem do trem.
Como a cidade foi praticamente "vendida" para diversas empresas lá do Sul e o trem nunca foi prioridade, e a prefeitura preferiu abaixou a cabeça para não desagradar os empresários das marcas citadas.
Caso levassem em conta a possibilidade dessa pequena duplicação antes da passagem de nível da"Rua Coberta", a questão da manobra da locomotiva seria resolvida pois embora ela ficasse na linha principal ficaria mais próxima do girador e afastada desse pequeno shopping da elite emergente da cidade.
Essa linha alternativa passaria ao lado do DPO recém reformado e seguiria até a parte da estação que foi demolida. Até 1999 existia uma linha que fazia esse percurso, se prolongando até o muro da atual secretaria de turismo onde havia um pequeno galpão.
Tudo está tão incerto que nem mesmo os responsáveis pelo projeto sabem o que fazer sem desagradar os novos figurões da cidade.
A possibilidade da reconstrução de uma linha por trás da estação também foi excluída agora após ser colocado um outdoor anunciando a construção do "espaço radical" atrás da estação, ou melhor dizendo, o que restou dela.
Esse é mais um dos projetos sem lógica, pois se já existe um "parque" basicamente com a mesma finalidade ao lado do "mercado do agricultor" do outro lado da rua, não faz sentido essa divisão.
Enquanto isso a estação segue sendo camuflada para se misturar aos demais empreendimentos enfiados goela abaixo da população alegando que esse estilo se baseia em como é a cidade de Gramado. Parece que a missão falhou.
Respondendo uma dúvida de alguns seguidores, infelizmente a prefeitura pode sim realizar essa barbaridade na estação pois a mesma não é tombada pelo patrimônio histórico.
No ano 2000 o complexo ferroviário da RFFSA foi vendido ilegalmente para a rede de supermercados Bramil que não pensou duas vezes antes de demolir a maior parte das construções, o ministério público então obrigou a prefeitura a comprar de volta o que sobrou pagando o dobro do preço. Portanto oficialmente a prefeitura é proprietária da estação.
Durante anos a estação de Miguel Pereira ficou abandonada, até ser reformada em 2015 e então a nova gestão política resolveu de repente desfazer o que estava pronto para alterar tudo por birra, imaturidade, e egoísmo.
Na inauguração da "Rua Coberta" a estação deve ser reinaugurada como se fosse um favor do prefeito, é tanto narcisismo que espanta não ter um busto do atual prefeito ao lado do Dr. Miguel Pereira que dá nome a cidade.
Para alguns a nova aparência pode não parecer ruim, mas não se trata de preferência estética pois envolve uma construção que se mantém de pé há 120 anos. Violar a integridade desse ícone da cidade de Miguel Pereira é como apagar nossa história, e um povo que não conhece seu passado certamente irá se perder acreditando que marcha rumo ao futuro.
Escrever essa postagem é uma forma de mostrar como uma mudança pode ser destrutiva independente das intenções. Não tenho nenhum prazer em mostrar isso, preferia não ter motivos para criticar esse projeto que parecia ser tão importante para preservacionistas, entusiastas e turistas, mas infelizmente não posso me calar ou fingir que está tudo bem.
A demolição de parte da estação, a mudança na pintura e a aplicação desses tijolinhos na fachada abriram uma ferida no centro da cidade e nos corações de todos que lutam pela preservação histórica ferroviária.
Se o prefeito gosta tanto de imitar o que existe lá no Rio Grande do Sul, deveria aprender a respeitar as tradições, as construções e os valores de uma comunidade.
Toda semana faça chuva ou faça sol eu caminho de Governador Portela a Miguel Pereira registrando o passo a passo de todo trabalho que está sendo feito, não ganho nenhum tipo de remuneração pelo que faço, mas me contento em divulgar a importância da revitalização ferroviária. E da mesma forma que procuro elogiar as benfeitorias, não me calo diante a situações de vandalismo disfarçado de progresso.
Mas pra quê preservar os detalhes originais de uma construção centenária se podemos mudar tudo e enfeitar com lampiões baratos que se encontra em qualquer lugar.
Onde está a beleza nisso? O que a alteração da aparência da estação pode agregar ao projeto que tinha como foco central um trem tracionado por uma locomotiva a vapor justamente por ser algo retrô e nostálgico.
A estação de Portela teve menos intervenções, mas assim como a de Miguel Pereira foram adicionais os tijolinhos sem necessidade.
Ao invés de gastar dinheiro reformando o que estava pronto, seria mais útil concentrar os trabalhos da secretaria de obras no pátio da estação que mais parece um lixão.
Na estação de Portela aparentemente não vão fazer o mesma reforma desprezível que fizeram no centro da cidade. O que levou o responsável por essa obra a pintar a estação de branco? Tão diferente de todas as estações da Linha Auxiliar aqui na região.
Qual a necessidade de fazer algo assim? Destruir as melhorias feitas pelo governo anterior sem levar em conta a importância de se conservar um patrimônio tal como ele foi construído, parece ser a atitude de uma criança mimada que quer sempre se mostrar melhor que os outros.
Todos os entalhes feitos no madeiramento das estações foram feitos e restaurados de forma artesanal, ou seja, pessoas de diferentes épocas se dedicaram por horas, dias, semanas para deixar algo bonito eternizado na história e para todos os que viriam a chegar e partir dessas estações.
O maior exemplo de restauração está evidente na área aberta da estação de Governador Portela onde as vigas estão aparentes.
Nas primeiras postagens do Blog acompanhando as obras feitas para o projeto com a Litorina é possível ver o estado lastimável que se encontrava o telhado da estação e como tudo foi renovado sem retirar absolutamente nada.
Durante as obras em 2015, algumas das divisórias de concreto da RFFSA acabaram quebrando, então os operários desenvolveram um molde para recriar as peças perdidas.
Para aplicar os tijolinhos nas colunas da estação essas mesmas pessoas foram arrancadas, e do jeito que as coisas estão essas divisórias provavelmente serão substituídas por algo que não esteja relacionado ao passado.
Comparando o que aconteceu com a estação de Miguel Pereira, até que as estações de Portela e Conrado não sofreram tanto, mas algumas características se perderam e nunca mais vão voltar a ser como eram antes.
De fato a estação de Conrado estava em condições bem precárias há tempos mas além do valor histórico dessa construção, é a primeira estação da Linha Auxiliar ainda existente depois de Japeri.
Sei reconhecer quando algo não é de todo mal pois os planos com essa estação eram terríveis e parece que perceberam o tamanho da insanidade que seria concretar uma das locomotivas como se estivesse saindo de dentro da estação.
Mas se a obra foi para reformar a estação e evitar seu desabamento, porque retirar detalhes originais como a grade da antiga bilheteria? Até mesmo outras estações que se tornaram residências mantiveram essas características.
Atualização 1 de outubro de 2022
Na contagem regressiva para o aniversário de Miguel Pereira e a inauguração da tal "Rua Coberta", há uma certa correria para terminar ou ao menos disfarçar as cicatrizes da cidade.
A linha passa mas o trem não pode passar.
Esse projeto começou como um sonho e está se tornando um pesadelo. Só quem acompanha entende a gravidade do que está acontecendo, eu digo isso com propriedade porque eu estou acompanhando tudo pessoalmente desde 2020.
Se um trem a vapor não pode usar a estação devido a fumaça, era mais fácil colocar um ferrorama em uma maquete para reproduzir em pequena escala todos os desejos da cidade ideal para o prefeito.
Aliás nem que houvesse interesse em montar uma maquete de ferromodelismo com dinossauros, não haveria mais onde expor pois o grande salão da estação foi demolido.
E só pra finalizar essa publicação temos mais uma invenção para mudar a cara da cidade, nem mesmo a estação de Javari escapou da reforma compulsória.
Semana passada alguns tijolos foram colocados na plataforma aguardando o momento de intervenção até mesmo dessa parada.
Toda a estrutura é feita com trilhos, e a pequena parede de pedras é parte da construção original de 1897. A estação Barão de Javari foi construída em terras doadas por esse benfeitor de nome Jorge João Dodsworth que inclusive era conselheiro de D. Pedro II.
Como é possível ver, a estrutura de um antigo banco já foi desmontada, o que mais iremos perder?
Atualização 8 de outubro de 2022
Dando continuação a essa postagem sobre as alterações feitas nas estações de Miguel Pereira, Javari, Governador Portela e Conrado, trago imagens que mostram como tudo perdeu o encanto.
Começando pela péssima combinação de cores temos esse tom bege emoldurado de branco e rodeado de falsos tijolinhos.
Só para não faltar aquele toque especial de exagero da atual gestão, todas as telhas da plataforma e da estação foram pintadas de vermelho. Quem faz esse tipo de coisa? Manda destelhar prédios inteiros para pintar as telhas, isso é no mínimo desperdício de dinheiro público.
Gostaria de fazer uma observação interessante:
No dia 7 de fevereiro de 2015 foi inaugurado o memorial histórico ferroviário na estação de Miguel Pereira utilizando a sala de administração de bilheteria.
A quantidade de material desse novo museu ferroviário não cabia apenas nessa sala e acabou sendo dividido levando a outra metade pra o pórtico da cidade em Governador Portela só que a única vez que aquele espaço foi aberto para visitação foi justamente na inauguração, depois disso nunca mais.
O despreparo logístico ignorou o fato de que ao lado da sala de administração havia um anexo da estação usado originalmente como armazém de cargas reformado em 2015 e podendo abrigar a outra parte do acervo para que tudo ficasse no mesmo prédio. Agora é tarde demais.
O prefeito vem pondo em prática uma proposta de padronização das fachadas no centro da cidade.
A pequena estação de Javari não escapou, mas aparentemente a única mudança foi as colunas de tijolinhos. Vamos ver até quando ela não entra na lista de bens destruídos com as "melhores intenções".
Quando achamos que não há como piorar, constatamos o inevitável, nem mesmo a estação de Portela será exceção, as telhas da plataforma por exemplo começaram a ser retiradas para que as mesmas sendo pintadas de vermelho e as vigas de madeira de branco.
A cerquinha de concreto no formato do símbolo da RFFSA foram deliberadamente arrancadas sem a intenção de reposição.
O resto já vem sendo divulgado há algum tempo, nenhuma surpresa, apenas decepções.
O Blog Trem Da Serra Do Rio De Janeiro tem como principal objetivo resgatar a história das ferrovias aqui na região serrana e no interior do estado através de nossas postagens, incentivando a preservação ferroviária e apoiando todas as iniciativas que favoreçam a recuperação de patrimônios relacionados as ferrovias e jamais vai compactuar com ações contrárias aos nossos valores.
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